O superintendente de Fiscalização da Sema, major Jonas Duarte, questionou a fala da promotora Fabiana da Costa Silva, de Juína, sobre falhas no sistema de controle e fiscalização da secretaria, já que a ação de fiscalização apresentou excelentes resultados.
Ele ressaltou que é atribuição da Sema realizar a vistoria in loco a fim de detectar possíveis crimes. Reconheceu que o efetivo de fiscalização é bem menor do que o montante ideal, mas que existe todo um trabalho sendo desenvolvido para combater ações criminosas. Cita, por exemplo, que nas últimas semanas, seis empresas foram embargadas pelos fiscais que aplicaram ainda R$ 4,5 milhões em multas, totalizando 15 mil hectares, nas cidades de São Félix do Araguaia, Vila Rica, Querência e Gaúcha do Norte.
Hoje existem cerca de 210 fiscais para atuar em todo do Estado. Apesar da defasagem, ele citou a tecnologia como um grande aliado no combate aos crimes ambientais já que garante a identificação das áreas. Afirmou ainda que o sistema que administra dos créditos florestais é extremamente complexo e por esse motivo pode ter originado algumas das críticas. “Um exemplo. Ele emite um alerta cada vez que mais de 100 metros cúbicos de madeira serão transportados em uma só caminhão já que só pode carregar 80”.
Conforme Só Notícias informou ontem, a promotora de Justiça de Juína, Fabiana da Costa Silva, declarou que foi constatado que existem várias falhas no sistema de controle e fiscalização da Sema, entre elas as vistorias da fiscalização muito superficiais; sistema de tolerância para movimentação dos créditos incompatível com a legislação vigente; falta de padronização e uniformidade nas ações das equipes de fiscalização; e defasagem no quadro de técnicos, após vistorias e lacre de madeireiras no município.