Juliano José de Freitas, 21 anos e Marilza Teodoro Duarte, 24 anos prestaram depoimento ontem à tarde, na delegacia de Sinop e devem responder processo por desacato e constrangimento. Ontem de manhã, eles foram denunciados pela promotora de Justiça Vivian Thomaz Illity em uma agência bancária
Os dois seguranças foram ouvidos pelo delegado Heródoto Fontenele e agora a promotora deve decidir se dará prosseguimento ao processo de danos morais contra o banco, ou não. “Vamos aguardar que ela venha até a delegacia, pois temos que registrar as declarações dela também”, disse Fontenel,e ao Só Notícias.
Em entrevista exclusiva ao Só Notícias, a promotora afirmou que foi desrespeitada e constrangida. Ela deixou na caixa de objetos, na porta de entrada, as chaves de seu carro, de seu gabinete e telefone celular. Levou a bolsa consigo e, ao tentar passar na porta giratória, soou o alerta. Retornou, vasculhou a bolsa para ver se havia algum objeto de metal e não tinha. Tentou passar por mais duas vezes e, novamente, o alerta tocou e a porta permaneceu travada. Vivian, então se identificou mostrando sua credencial de promotora. O segurança a questionou sobre o que tinha na bolsa. Depois de ficar vários minutos argumentando com o segurança, ela explicou que tinha apenas um estojo de maquiagem e disse que “não iria assaltar o banco”. O segurança, segundo a promotora, respondeu irônicamente: “Nunca se sabe”.
Além de Vivian, sua irmã, que também é promotora (em Lucas do Rio Verde) e estava no interior da agência, afirma que quando foi conversar com Marilza Teodoro Duarte, a outra segurança, também teria lhe atendido de forma grosseira chegando a dizer que calasse a boca.
O caso repercutiu ontem inclusive no Legislativo. A vereadora Sineia Abreu discursou na tribuna, se solidariezando com a promotora e criticando o mau atendimento em algumas agências bancárias.