O número de domicílios em situação de segurança alimentar aumentou desde 2009, em Mato Grosso. No registro anterior, os moradores de cerca de 77,9% dos domicílios particulares no Estado não apresentavam restrição alimentar ou, pelo menos, alguma preocupação com a possibilidade de ocorrer restrição, devido à falta de recursos para adquirir alimentos. Agora, o número saltou para 80,6%. Os dados são do levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 sobre segurança alimentar, divulgada hoje.
O percentual alcançado supera a média brasileira que é de 77,4%, assim como de todos os estados da região Norte e Nordeste. Entretanto, fica abaixo do Sul e Sudeste. Em comparação com as outras Unidades da Federação, no Centro-Oeste, Mato Grosso supera somente Goiás (80,4%), e perde para Mato Grosso do Sul (81,8%) e Distrito Federal (86,7%).
O estudo mostra também que o número de domicílios em situação de insegurança alimentar moderada ou grave (com restrição de alimentos em termos quantitativos ou privação, cujo grau mais extremo é a fome) diminuiu de 7,4% em 2009, para 5,8%, em 2013. É a segunda pior média, novamente atrás de Goiás (6,2%).
No Brasil, o número de domicílios em situação de insegurança alimentar continua caindo, mas ainda existem cerca de 52 milhões de brasileiros sem acesso diário à comida de qualidade e na quantidade satisfatória. Dos 65,3 milhões de domicílios registrados, 22,6% estavam em situação de insegurança alimentar. Esse percentual era 29,5% em 2009 e 34,8% em 2004, anos anteriores da pesquisa.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).