O secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou, durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, hoje, que mais 100 homens serão deslocados para atender a Polícia Militar de Rondonópolis- o polo que abrange quinze municípios será priorizado no próximo edital.
Zaque destacou que a distribuição do efetivo é uma questão de lei, por se tratar de um edital e adiantou que o governo apresentará na Casa, logo no início de 2016, o novo modelo de gestão da Segurança Pública, que já foi apresentado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). "Vamos mostrar como a segurança vai ser trabalhada, como serão distribuídas as responsabilidades e como podemos controlar metas, prazos e objetivos", pontuou.
A Polícia Militar divide as cidades do Estado em municípios-polos onde Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop possuem os maiores índices de roubo e morte. O pouco efetivo destinado a essas cidades foi o principal ponto abordado na reunião da comissão. Na cidade de Rondonópolis, para onde foram destinados 14 policiais no último concurso público, é estipulado que a cada 908 habitantes tenha um militar para atendê-los.
De acordo com os índices de violência e efetivo apresentados no relatório da Polícia Militas e Judiciária do Estado, foi constatado que Várzea Grande e Rondonópolis, municípios com os maiores índices de criminalidade de Mato Grosso, receberam 17 e 14 policiais respectivamente.
Zé do Pátio lembrou ainda que o efetivo do Corpo de Bombeiros é pouco para o grande número de ocorrências. “Rondonópolis tem um soldado do Bombeiro para cada 2.444 habitantes, isso é desumano. Só no ano passado foram mais de onze mil ocorrências em Rondonópolis, isso com apenas setenta bombeiros militares atuando no município”.
"O que eu trouxe em pauta não foi se o governo ampliou ou não efetivo, se aumentou ou não o investimento em Segurança Pública, o que eu discuti foi gestão. Será que foi bem distribuído esse efetivo, será que atendeu dignamente os cidadãos?".
O parlamentar lembra que a Segurança Pública cresceu de 1.3 bi para 1.9 bi, que refere a 44% de aumento no orçamento da pasta. "O governo alega a questão do edital, mas eles podiam pegar policiais mais antigos para colocar nessas cidades perigosas. Não houve uma distribuição e, na verdade, algumas cidades não têm essa sensação da redução de criminalidade".