O secretário de Saúde de Brasnorte (428 km de Sinop), Jair Aparecido de Sá, afirmou que a prefeitura apenas dá suporte à saúde indígena nas aldeias, e não assume os atendimentos nos locais, “porque são de responsabilidade do governo federal”. A declaração foi feita, após a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Juína, ter informado, que o Poder Executivo teria assumido os trabalhos na etnia Enawenê-nawê, até final do ano, com o fim do contrato entre uma Organização Não- Governamental (ONG) responsável, e o governo federal, mês passado.
Os índios são os mesmos que bloquearam a rodovia na ponte do rio Juruena na MT-170, em Juína, com cobrança de pedágio, dia 14, e suspenderam o movimento no último domingo (19). Eles protestaram, alegando principalmente, deficiência no atendimento à saúde, como a falta de medicamentos. Jair explicou, ao Só Notícias, que a prefeitura apenas firmou convênio para suporte com a ONG, tendo encerramento previsto para final do ano. Ponderou que mesmo o contrato da organização ter expirado com o governo federal, a parceria firmada com ela ainda está em vigência. “Para esse período de mudança [troca de entidades responsáveis pelo atendimento]”, disse.
Da mesma forma em que há suporte para os índios da etnia Enawenê-nawê, o secretário explicou que mais duas também são atendidas. Há um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e agentes de saúde indígenas, que moram nas aldeias. Para esse tipo de parceria, disse que a prefeitura recebe mensalmente, recursos do governo federal. Porém, os valores não são destinados apenas para a contratação de mão-de-obra, mas ações estruturais.
Além do suporte na área da saúde nas aldeias, os índios são atendidos normalmente na sede do município, inclusive com duas alas destinadas a saúde indígena nos hospital local. O secretário mencionou que a administração também mantém alugada uma casa de apoio, para quando precisam ir à cidade, e auxilia no transporte de pacientes, quando necessário.