O secretário de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, diz que há uma grande confusão sobre a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que em nenhum momento ocorreu dentro da área do Pantanal, mas em rios que compõe a sua bacia hidrográfica, em cidades no seu entorno, como Tangará da Serra e Diamantino. Mesmo com os impactos, acredita-se que os benefícios justificam os meios, pois é com essa energia produzida que abastece os municípios. “Está vendo esse ar-condicionado? Não seria possível termos energia para poder ligá-lo sem essas hidrelétrica, elas são fundamentais para manter nossa vida, com as tecnologias utilizadas no cotidiano”.
Um exemplo positivo citado por Daldagan foi a criação há três anos do Parque Estadual Encontro das Águas, com 108,9 mil hectares, localizado entre Poconé e Barão de Melgaço (104 e 113 km, respectivamente ao sul da Capital). A área é bacia coletora de vários rios importantes, como o Cuiabá, Piquiri, Pirigara, Cassange, Três Irmãos e Alegre. Toda essa riqueza hídrica e de tipos de habitats faz do local um ambiente singular no que diz respeito à manutenção da biodiversidade pantaneira. Outro aspecto bom seria a diminuição do desmatamento, que não cessou, mas diminuiu consideravelmente.
Dados do recente e mais detalhado relatório sobre o assunto feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que se reportam a maio, mostram que houve redução de 19% em Mato Grosso em relação a abril deste ano.
A ligeira queda já havia sido apontada em junho pela ONG Imazon, por meio de seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). Mesmo assim, os números mato-grossenses ainda preocupam.