O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santana, afirmou hoje (16) que, nos últimos 12 meses, mais 8 milhões de brasileiros passaram a ter computador casa. Segundo ele, o número dos que passaram a acessar a internet também subiu de 2005 para 2006: mais 7 milhões de pessoas começaram a usar a rede mundial de computadores nesse período.
Isso significa que 19,4% dos brasileiros têm computador em casa e 14,1% têm acesso à internet, disse Santana, ao participar da 3ª Conferência Latino-Americana de Software Livre, em Foz do Iguaçu.
Santana lembrou que há isenção de impostos para aquisição de computadores no valor de até R$ 3 mil, o que resultou num aumento de 40% nas vendas em todo o país. “E, pela primeira vez em muitos anos, caiu o índice de venda no ‘mercado cinza’ [aparelhos ou componentes contrabandeados],de 70% para 47%”, acrescentou.
O governo brasileiro financia hoje o programa Computador para Todos – com soluções baseadas em software livre,
com juros mais baixos. “Um computador de até R$ 1,4 mil tem financiamento especial, se tiver software livre
na sua constituição”. Desde novembro de 2005, quando se deu início ao projeto Computador para Todos, 256 mil
máquinas foram vendidas dentro do programa. A meta inicial era vender um 1 milhão de máquinas nesse período,
mas o governo reviu a expectativa para 700 mil computadores até dezembro.
A 3ª Conferência Latino-Americana de Software Livre – Latinoware 2006, promovida pela Itaipu Binacional e
Celepar–Informática do Paraná, encerra-se amanhã (17). O público presente ao evento é bem diversificado e
acompanha o que há de novidade em todo o mundo referente ao uso e desenvolvimento dos programas de computador de código aberto.
Participam da conferência especialistas da França, Estados Unidos, Finlândia, Chile e Brasil. Além de ouvir palestras, os hackers (especialistas em informática), representantes da iniciativa privada, de organizações não-governamentais (ONGs), orgãos federais, estaduais e municipais e acadêmicos brasileiros, argentinos, uruguaios, chilenos e venezuelanos podem assistir cursos e sessões técnicas oferecidos pelos organizadores do evento.