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Secretário de Cuiabá diz que saúde pública é uma “bomba atômica”

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O caos na saúde pública do Brasil foi exposto, ontem à noite, no Profissão Repórter da Rede Globo. Em Mato Grosso, a equipe do programa mostrou a falta de UTI neonatal no pronto-socorro de Cuiabá, apontado como hospital de referência para três milhões de mato-grossense. Dentre os casos, dois meninos com pouco mais de um ano. Um deles não resistiu e morreu.

À repórter do programa, o secretário municipal de Saúde, Kamil Fares, disse que assumiu a gestão há quatro meses e tinha consciência da situação, mais que jamais imaginou ser tão grave. “Tem gente morrendo sem necessidade de morrer”, responde. Ele contou que a prefeitura pretende alugar um hospital fechado para procedimentos de alta complexidade e tentar amenizar a situação. “Hoje aqui é uma bomba atômica”.

As duas crianças estavam internadas na sala amarela do pronto socorro. Um dos meninos estava com problema grave de coração e uma enfermeira chegou a afirmar que ele poderia morrer por falta de UTI. No dia seguinte o bebê foi transferido para a UTI de uma unidade particular da capital, mas não resistiu e morreu dez horas depois.

“É um ser humano e não pode ser tratado dessa forma. As pessoas tem que se reunir fazer audiências públicas. Chamar a atenção das autoridades. Na hora que você desanima, você pensa o que seria desse paciente se eu não estivesse aqui. É isso que nos move pra frente”, declarou a pediatra que fez o atendimento do menino que faleceu.

No segundo caso, também um menino, havia a necessidade urgente de um pneumologista. Durante a entrevista, Kamil Fares garantiu que o médico especialista iria comparecer na unidade para examinar o bebê às 19h30, daquele dia. No dia seguinte, a criança já havia sido submetida a exames e passava bem.

A situação caótica em que se encontra a saúde pública já vem sendo considerada crônica, em todo o Brasil. O número de ações judiciais referente a casos urgentes aumentou consideravelmente nos últimos anos. Em Mato Grosso, o Tribunal de Justiça implantou um Núcleo de Atendimento para orientar juízes quanto as ações de saúde e estudar as melhores soluções para minimizar a situação.

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