Em entrevista coletiva, esta tarde, o secretário extraordinário da Copa do Mundo em Mato Grosso, Maurício Guimarães, anunciou que até dezembro todas as composições que operarão o Veículo Leve sobre Trilhos já estarão a caminho do Brasil. As 12 primeiras devem chegar em no máximo 60 dias. Quanto a apreensão pelo Cade de que documentos relativos à licitação do VLT, o secretário se mostrou tranquilo, mesmo diante da possibilidade de uma investigação por parte do órgão sobre o processo em Cuiabá. "Para se formar um cartel não é necessária aparticipação de órgãos públicos, basta as empresas combinarem. Nossa licitação foi feita com o máximo de transparência e ganhou aquela que ofereceu as melhores condições para a implantação da obra. Até o momento não há nenhuma irregularidade", disse. A apreensão foi feita na sede da empresa, em São Paulo.
Guimarães também reconheceu a existência de débitos com as empresas que atuam nas obras de mobilidade urbana da avenida Miguel Sutil. Explicou que o problema ocorre por conta do atraso nos repasses do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que já chega a R$ 52 milhões, por conta da greve dos servidores do órgão.
Para tentar minimizar o problema, assegura que o Estado já pagou R$ 5 milhões e que ainda nesta semana fará a quitação de mais R$ 10 milhões, que serão compensados quando o fluxo de repasses do órgão federal for normalizado.
Guimarães viajou à Espanha e visitou três fábricas onde estão sendo construídos os vagões. "Párticipei, em Bilbao, do despacho do primeiro conjunto e outros 11 seguirão daqui a 10 dias para o Brasil". A diferença na data do envio, segundo ele, ocorre para que testes da logística brasileira sejam feitos. Os trens chegarão ao Brasil pelo Porto de Santos (SP), e seguirão para o Porto Seco de Cuiabá.