O secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad, garantiu que o governo irá buscar consenso junto ao Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen) para que seja suspensa a greve que foi deflagrada, na sexta-feira (26), e que foi o motivo para tumulto no Carumbé, no sábado (27), devido a suspensão da visita. Faiad garante que o governo chegará a um acordo com a categoria.
No entanto, o presidente do Sindspen, João Batista, explica que a assembleia deve definir as estratégias de como proceder com a greve e que o governo ainda não marcou encontro. A greve foi deflagrada após o governo descumprir dissídio coletivo que culminou com o fim da primeira paralisação.
O movimento foi retomado para garantir as reivindicações acordadas com o governo. João Batista cita que o movimento grevista não visa apenas a questão salarial, mas outros pontos, como o pagamento de insalubridade, aprovado em dezembro de 2011, e que não até hoje não foi regulamentado pelo governo. "Também queremos a regulamentação da função armada, como dar encaminhamento aos Planos e Carreiras, em que acordamos no Tribunal de Justiça, e que o prazo de 80 dias já se encerrou. Também queremos a perícia imediata nas unidades", ressaltou Batista.
Conforme Batista, as negociações acontecem desde 2012. "A greve é devido ao descumprimento contínuo do governo, e só vamos parar a greve quando o recesso da Assembleia Legislativa voltar, previsto para 1º de agosto, porque aprovam as minutas e não dão encaminhamento", criticou.
A proposta apresentada pelo governo para reajuste salarial de 5% para 2014 e 5% para 2015, foi rejeitada pelos servidores, que destacam que a greve não é apenas pelo salário.
No sábado (27), o dia de visitas no Carumbé foi suspenso pela falta dos servidores, que descumpriram liminar impetrada pelo governo, que garantia o funcionamento de 70% do efetivo. A suspensão da visita causou tumulto e revolta nos familiares, que chegaram a fechar a via pública de acesso ao Carumbé, mas a ação foi controlada pela Polícia Militar.
João Batista informa que os servidores já estão recorrendo da liminar, para que seja respeitado o percentual constitucional de apenas 30% em funcionamento durante o período grevista.