A secretaria estadual de Saúde informou, há pouco, ao Só Notícias, que ainda esta semana, devem ser repassados para a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, que administra o hospital regional, o valor referente aos gastos do mês de agosto que somam mais R$ 4,4 milhões. Em nota, a secretaria diz que está se empenhando para realizar os repasses que ainda não haviam sido liberados porque havia pendências de regularidades fiscais. A respeito dos valores apontados pela fundação, que seriam de diferenças nos repasses de fevereiro de 2016 a julho de 2017 que passariam de R$ 27 milhões, a secretaria estadual de Saúde informa que está em andamento uma auditoria feita por um grupo de trabalho nomeado em portaria para analisar as prestações de contas contábil e financeira apresentadas. Assim que os trabalhos forem concluídos a secretaria se posicionará sobre a questão.
Esta tarde houve bloqueio, por uma hora, na BR-163 na altura do bairro Alto da Glória (saída para Sorriso) para forçar o governo estadual a resolver o problema financeiro do Hospital Regional de Sinop e também dos hospitais em Sorriso e Colíder que estão com atrasos. O manifesto foi decidido por lideranças políticas dos municípios que fazem parte do consórcio do hospital regional e também por entidades de classe.
Ainda esta semana, a prefeita Rosana Martinelli deve ir a Cuiabá com uma comitiva para falar com o governador Pedro Taques e expor a grave crise na saúde pública porque com as suspensões de diversos atendimentos no hospitais, muitas pessoas são levadas a UPA em Sinop que não tem estrutura e está super lotada. Outros pacientes são encaminhados a hospitais em Sorriso e Colíder, que também estaria enfrentando problemas com atrasos em repasses.
A câmara municipal elaborou, hoje, ofício, que será encaminhado à prefeita Rosana Martinelli, solicitando que decrete estado de emergência de saúde pública estadual em relação ao Hospital Regional de Sinop. O documento, lido em tribuna, aponta os principais problemas enfrentados pela unidade no momento, como a falta de repasses, paralisação dos atendimentos nos setores de emergência e urgência pediátrica, atraso de dois meses no pagamento dos funcionários (que estão há cerca de um ano sem receber o vale refeição), falta de medicamentos e materiais de trabalho como seringas, agulhas entre outros insumos. Com a suspensão de boa parte dos atendimentos, feridos em acidente e outras pessoas com necessidade de atendimento emergencial estão sendo encaminhadas a UPA 24 que está sobrecarregada.