Antes mesmo de receber alta médica no hospital Júlio Muller, ontem, no final da tarde, e ser levado para o presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) encaminhou ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) o pedido administrativo de transferência de Célio Alves de Souza, condenado por crimes de pistolagem, para a Unidade Prisional Federal de Campo Grande (MS) ou para Catanduvas (PR).
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, disse hoje que, apesar dos esforços no sentido de reforçar a segurança e as alterações no modelo de vigilância no raio 5 do Pascoal Ramos, aumentando o padrão de segurança na unidade, a permanência de Célio Alves em Cuiabá é motivo de preocupação para o Governo do Estado. “Em função do seu grau de periculosidade e também em razão do seu envolvimento com organizações criminosas”.
De acordo com o secretário, isso não impede que o Ministério Público também solicite a transferência. Em 2005, um pedido semelhante já havia sido feito em relação ao ex-policial. Na época o Ministério Público Estadual foi contrário, certamente por circunstâncias processuais diferentes.
Célio Alves foi recapturado no último sábado, na região de Cáceres, na localidade de “Avião Caído”, após operação realizada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – integrado por promotores de justiça e policiais militares -, e pelos militares do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON).
O criminoso fugiu da penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá, em setembro de 2005. Na unidade prisional ele cumpria pena de 76 anos de prisão. Célio Alves de Souza é suspeito de integrar a organização criminosa de João Arcanjo Ribeiro (também preso na Penitenciária Pascoal Ramos), na qual seria o executor das mortes do empresário e jornalista Sávio Brandão e dos empresários Mauro Manhoso, Fauze Rachid Jaudi e Rivelino Brunini.