Várzea Grande recebeu e já iniciou a entrega de 200 cadeiras de rodas, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento é de aproximadamente R$ 40 mil. A ação de continuidade da Secretaria Municipal de Saúde faz parte da política de reabilitação dos portadores de limitações físicas ou neurológicas.
O Centro Especializado em Reabilitação de Várzea Grande (CER 2) oferta servi- ços especializados de reabilitação física e intelectual de média e alta complexidade. A equipe de reabilitação atende pacientes com incapacidade física, congênita ou adquirida, temporárias ou permanentes, e com uma média de atendimento entre dois mil a 3,5 mil pacientes por mês. “Mais do que uma política de saúde pública, estamos ofertando respeito e qualidade de vida para aqueles que têm limitações”, disse a prefeita Lucimar Sacre de Campos. “Aqui os tratamentos e os equipamentos são gratuitos. O dinheiro dos impostos volta em benefício para a própria população”, reforçou.
A aquisição das cadeiras de rodas para locomoção e para banho atende adultos e crianças. A fabricação leva em consideração a altura, peso e condições dos pacientes. “Adotamos todos os cuidados e promovemos a aquisição das cadeiras respeitando os ditames legais, especificações médicas e técnicas e acompanhando as solicitações dos que serão atendidos”, diz o secretário de Saúde, Diógenes Marcondes.
O secretário pontuou que as novas cadeiras de roda reforçam a rede de assistência às pessoas com deficiência. “Mais que um equipamento, as cadeiras simbolizam a independência do paciente, resgatam sua autoestima e ampliam os cuidados aos pacientes”
Os contemplados lembraram que as cadeiras tem valor alto, podendo variar de R$ 3 mil a mais de R$ 10 mil, mas fundamental são fundamentais para quem tem dificuldade de locomoção.
Pedro Micael Caires, 14, tem paralisia cerebral e é extremamente dependente do equipamento, como conta a sua avó, Olivia de Oliveira. “Ele consegue andar, dar alguns passos, mas cansa logo. Temos uma rotina diária de cuidados com ele que nos obriga a deslocamentos. Até hoje todas as cadeiras que tivemos foram doadas e há mais de três anos estávamos sem trocá-la”.
O pedreiro José Pedro de Souza era um dos mais felizes com a nova cadeira. “É um presente de Deus”. Cadeirante há mais de 30 anos, José, hoje com 55 anos, conta que teve uma doença diagnosticada como “virose” que pouco a pouco foi limitando os movimentos e atrofiando os pés e as mãos. A cadeira que ele usava estava tão deteriorada, que durante a entrega ele foi colocado em outro equipamento do CER para melhor acomodação. Além da cadeira tradicional de rodas, seu José recebeu também uma de banho.