A Secopa apresentou, hoje, na Agência Metropolitana, o “Estudo do Modelo de Operação e Delegação do VLT Cuiabá – Várzea Grande”. O documento já havia sido entregue à agencia e o assessor de Mobilidade Urbana da Secopa, Rafael Detoni, fez uma explanação ao presidente, membros da Câmara Temática de Mobilidade do Conselho Metropolitano, prefeitos e representantes dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Nossa Senhora do Livramento.
Esses dois últimos municípios não entraram no estudo, o que não impede que sejam inseridos pela Agência a partir de agora. “Fizemos um levantamento baseado no transporte integrado que temos hoje, que é entre Cuiabá e Várzea Grande, mas nada impede que municípios da baixada como Santo Antônio do Leverger e Livramento sejam inseridos nele. Para isso terá que ser feito um novo cálculo da tarifa”, explicou Detoni.
Após a apresentação do estudo da Secopa, o presidente da Agem, Benedito Leite, disse que a instituição agora vai sentar com os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande para traçar o melhor programa de gestão. “Esse estudo da Secopa será nosso ponto de partida. Ampliaremos as discussões em torno do assunto e faremos as adaptações necessárias para que as duas cidades tenham um transporte coletivo de massa de qualidade e de preço acessível”, declarou.
Outra grande preocupação da Câmara Temática de Mobilidade é em relação à Legislação de Trânsito, que atualmente não faz nenhuma referência ao novo modal de transportes que será implantado nas duas cidades. “A Câmara vai buscar informações junto aos órgãos competentes para que possamos regulamentar a Legislação de trânsito, já que esse é um assunto totalmente novo para todos nós”, informou Flávia Moreti, membro da Câmara Temática de Mobilidade, acrescendo que a Agência trabalhará em paralelo à conclusão das obras do novo modal, para que tudo já esteja definido quando ele for concluído.
O estudo feito pela Secopa levantou dados como tempo de viagem, valor da tarifa, quantidade de linhas de ônibus que farão integração nos terminais e estações do VLT, quantidade de ônibus que circularão pelas duas cidades após a implantação do novo modal, mudanças de rotas das linhas do transporte coletivo, regulamentos que deverão ser seguidos pela empresa que for operar o sistema, etc.
O relatório apontou, por exemplo, que 75% das linhas da rede de ônibus estarão integradas diretamente com as linhas do VLT e que do total de embarques na hora pico da manhã nas linhas do modal, uma parcela também correspondente a 75% dos embarques, provém da integração com os serviços de ônibus. É deixado claro no estudo que a exploração e a prestação do serviço de transporte coletivo do VLT devem ser analisadas em rede. Isto é, “obrigatoriamente deve ser tratada como uma operação em conjunto com a rede integrada e não pode ser vista como uma operação separada”, explica Detoni.
O trabalho foi coordenado e mediado pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo em Mato Grosso (Secopa), através da Assessoria Especial de Mobilidade Urbana, e contou com a participação de técnicos da Secretaria Municipal de Transportes de Cuiabá (SMTU), da Secretaria de Transportes Urbanos de Várzea Grande (STU) e da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (AGER).