Para garantir agilidade no atendimento de ocorrências de queimadas urbanas e florestais de 13 municípios da Baixada Cuiabana, o Corpo de Bombeiros conta com apoio da Sala de Situação, que está localizada na base do Comando Regional I, em Cuiabá. No local, duas equipes de bombeiros se revezam no plantão de atendimento. Todas as informações sobre ocorrências de incêndios são compiladas e repassadas aos batalhões mais próximos, dando mais agilidade às decisões e diminuindo o tempo resposta nas ocorrências.
Este ano, a inovação foi a utilização de câmeras digitais para materializar e registrar o local do incêndio e de GPS para delimitar, dizer acertadamente a área que está sendo queimada. Os equipamentos foram fornecidos pelo Ministério Público Estadual. Através das provas fornecidas pelos equipamentos, é realizada investigação para saber se o incêndio foi criminoso ou acidental. “O objetivo da Sala de Situação é gerar respostas rápidas, através de dados e informações, para a tomada de decisão no primeiro momento do incêndio”, disse o comandante Regional I do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel BM Dércio Santos Silva.
Todas as quartas-feiras, os integrantes da Sala de Situação se reúnem para traçar as ações da semana para os 13 municípios. Para controle dos incêndios em nível estadual, o Centro Integrado de Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman) realiza, todas as sextas-feiras, reuniões para desenvolver plano de ação.
A Baixada Cuiabana conta com duas brigadas estruturadas e implantadas através do projeto “Brigada Pantanal”. Essas brigadas estão localizadas nos municípios de Chapada dos Guimarães e Rosário Oeste. Por meio das brigadas, o Corpo de Bombeiros realiza trabalho de combate e prevenção dos incêndios florestais e, nos horários de folga, os militares são empregados para educação ambiental e apoio nas fiscalização nos municípios e terrenos urbanos.
O comandante Regional I do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel BM Dércio Santos Silva, explica que foram desenvolvidos vários treinamentos com os militares e sensibilização junto aos agentes da Defesa Civil e todas as secretarias envolvidas, além de parceria com prefeituras na busca de minimizar os danos causados pelas queimadas à sociedade.
Para realização de controle e combate aos incêndios no Estado, o Corpo de Bombeiros conta com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Defesa Civil com a disponibilização de carros pipa e brigadistas para combater os incêndios fora da área metropolitana.
Punição
Quem for pego ateando fogo no período proibitivo recebe multa que varia de acordo com a área atingida: de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil por hectare nas áreas de floresta, além de ser detido e responder por crime ambiental. Nesses casos, a detenção pode chegar a quatro anos de prisão, conforme estabelecido na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.