O milho sempre foi a segunda cultura mais cultivada pelos produtores de Lucas do Rio Verde tanto que o grão deixou de ser cultivado apenas como safrinha e hoje é tido como vedete da “segunda safra”. A área só não é igual à plantada com soja, carro chefe da economia, mas ocupa boa parte dela. Na safra passada, por exemplo, foram cultivados cerca de 200 mil hectares com soja, o milho ocupou 150 mil hectares, um média de 75% em relação a área da oleaginosa. Tamanho que poderia ter sido maior, pois as chuvas no início de 2003 (janeiro e fevereiro) desestimularam o produtor que diminuiu o tamanho da área e plantou -safra 2003/2004- cerca de 20 mil hectares a menos que na safra 2002/2003.
Mas nesta safra o produtor deverá apostar mais na cultura. É que segundo dados da Secretaria de Agricultura, a previsão é de um plantio de 170 a 180 mil hectares com milho. Embora o preço hoje do produto seja estímulo para que o produtor não invista tanto na segunda safra, a secretária de Agricultura, Luciane Copetti, acredita que mais milho será plantado nesta safra em Lucas. “Se o preço do milho hoje não estivesse tão baixo acredito que a área poderia ser um pouco maior. O produtor ainda está receoso, embora plante mais que na safra passada, mas se não fosse o valor do produto a safra poderia ser maior”, assinalou, em entrevista ao Só Notícias-Agronotícias. “Com o preço em baixa isso acaba desestimulando o agricultor a plantar mais, é arriscar”, lembrou.
Para aproveitar o período de chuvas -que vai até meados de abril- e que é essencial para o desenvolvimento da planta, os produtores não estão perdendo tempo e a medida que avançam na colheita da soja, avançam também o plantio do milho. Trabalho que não pára nos campos enquanto as colheitadeiras vão tirando do solo a soja, atrás estão as plantadeiras fazendo o plantio do milho. A secretaria, por enquanto, não fala em previsão de produtividade e a colheita só deve começar em maio.