Após dois meses do recebimento do caminhão AP2, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), através do alerta para pilotos (Notam), ainda aponta que o serviço de combate a incêndio do Aeroporto Municipal "Maestro Marinho Franco", em Rondonópolis, está "não-utilizável". Na prática, a sessão contra incêndio do aeroporto local, que deveria estar com a presença de bombeiros, não está funcionando. Em caso de um incêndio, a informação repassada para A TRIBUNA é de que os bombeiros teriam que sair da região de Vila Operária para o local. Além de contar com o caminhão especial contra incêndio em aeronaves, Rondonópolis também já conta com 20 bombeiros com o curso de combate a incêndio e salvamento aeronáutico. O problema, segundo o administrador do aeroporto, Alencar Libano de Paula, é que faltam a realização de algumas adequações em um galpão no aeroporto e as aquisições de equipamentos para o funcionamento da sessão de combate a incêndio.
O caminhão AP2, avaliado em mais de R$ 1 milhão, está a céu aberto, ao relento. Alencar Libano explicou que todos os hangares do aeroporto estão ocupados, não havendo a possibilidade de locação de espaço, e que o prédio do 3º Batalhão de Bombeiros Militar também está em obras, não podendo receber o caminhão especial. O galpão existente no aeroporto para abrigar o serviço de combate a incêndio não comporta o caminhão devido à altura do teto.
Alencar Libano argumentou que o galpão para abrigar esse serviço no aeroporto deve passar por uma reforma para se adequar à resolução 115 da Anac, além de aumentar a altura do teto. Ele não precisou uma data, mas informou que as obras estão prestes a iniciar, com recursos próprios da Prefeitura e do Funrebom. Além da adequação do galpão, também disse que há a necessidade de compra de equipamentos auxiliares, a exemplo de botas, capacetes, máscaras, extintores químicos, entre outros. "Vai ser uma obra rápida", afirma.
O tenente-coronel Vanderlei Bonoto Cante, do 3º Batalhão de Bombeiros Militar, repassou ao Jornal A TRIBUNA apenas que não havia riscos para o caminhão ficar a céu aberto. Um dos possíveis problemas, segundo o tenente-coronel, é que o veículo fique com a pintura desbotada com a ação do tempo. Ele pediu que mais informações sobre as providências para adequar o galpão existente fossem buscadas junto ao administrador do aeroporto.