Os servidores públicos municipais, em greve há 12 dias, fizeram ontem uma passeata pela região central da cidade e cortaram, em plena Praça Brasil, um bolo para marcar mais um dia de protesto por aumento salarial. O presidente do sindicato dos servidores (Sispmur), Rubens Paulo, explicou que o motivo de levar um bolo para a praça pública foi somente um: comemorar a decisão da Justiça "Pelo nosso entendimento, está mais do que claro que a Justiça, pela decisão que tivemos acesso, entende que a nossa greve é legal, pois ela pede a volta de 60% dos funcionários das creches e 70% na Farmácia de Manipulação, mas não declara a nossa greve ilegal. Estamos comemorando justamente isso, a nossa greve é legal". O sindicalista informou que a volta às atividades dos servidores da Farmácia de Manipulação e das creches ainda será avaliada pela categoria em uma assembleia que será realizada na terça-feira. "Vamos levar isso para ser discutido em assembleia geral e não vamos tomar decisões isoladas", afirmou Rubens Paulo.
A presidente da Associação dos Diretores das Escolas Municipais, Sueli Bonfim, criticou as declarações do procurador do município, Efraim Alves, que disse que as merendas das creches eram de responsabilidade de cada gestor. "Nas UMEI"s (Unidades Municipais de Educação Infantil) e EMEI"s (Escolas Municipais) não é não. As merendas são distribuídas pela própria secretaria", disse.
Conforme foi noticiado ontem pelo A TRIBUNA, uma decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública, assinada pela juíza titular Maria Mazarelo Farias Pinto, na quarta-feira (9), determina que 70% dos servidores públicos municipais, do setor de produção de medicamentos, da Farmácia Municipal de Manipulação, retornem as atividades normais, além da manutenção de funcionalismo suficiente para o bom andamento das creches de no mínimo 60% do efetivo. Em caso de desobediência será cobrado do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), multa diária de R$ 500.