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Rondonópolis: servidores municipais decidem fazer greve

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O prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) vai enfrentar a primeira greve dos servidores públicos municipais desde quando assumiu o comando do município, em janeiro de 2008. Os servidores públicos municipais vão cruzar os braços a partir de segunda-feira, dia 31 de maio. Em assembleia, realizada ontem, os servidores deliberaram pela greve geral, pois a proposta do prefeito que prevê um aumento de 2% foi rejeitada pela categoria que quer 16% de aumento real, divididos em duas parcelas de 8%, sendo uma para este ano e a outra para o ano que vem.  Cerca de 800 pessoas acompanharam os discursos e votações, inclusive membros do primeiro escalão da gestão Pátio, como o secretário de Desenvolvimento Econômico, Valdemir Castilho; o de Finanças, Adão Nunis; o de Administração, Gérson Araújo; o de Planejamento, Antônio Miranda; além do presidente da Coder, Darci Lovato; Lindomar Alves, do Meio Ambiente e Marilda Rufino, da Educação. Os dois últimos, no entanto, são servidores públicos concursados.

Fora a presença dos secretários, um grande número servidores contratados também esteve presente no local. "Isso não pode ocorrer, o que estão fazendo é pressão", reclamou o presidente do sindicato. A presença de membros do alto escalão do gestão Pátio quase provocou uma mudança de planos em relação à assembleia. Um grupo de servidores chegou a defender a suspensão da reunião e que se fizesse um novo encontro na sexta-feira com a criação de um mecanismo em que somente os servidores sindicalizados participassem.

Porém, o próprio presidente do Sispmur, Rubens Paulo, não concordou com a proposta e colocou em votação a greve. Primeiro, Rubens Paulo pediu que as pessoas favoráveis à não realização da greve se manifestassem levantado a mão. Um grupo de no máximo 50 pessoas levantou. Depois, foi a vez das pessoas que queriam a greve levantarem a mão. A maioria absoluta se manifestou. "Até onde contamos foram mais de 700 pessoas", afirmou o presidente do sindicato.
Rubens Paulo avaliou como um ‘tiro no pé" a presença do pessoal ligado ao prefeito na assembleia de ontem. "O pessoal [servidores] acabou sendo motivado a votar pela greve", disse.

Apesar da greve ter sido aprovada ontem, os servidores somente poderão paralisar as atividades a partir de segunda-feira. "Existe toda a questão legal que temos que respeitar", pontuou o sindicalista. Paulo explicou que hoje está sendo publicada no A TRIBUNA [veja na página C*3] a intenção de greve da categoria e somente após 48 horas os servidores poderão parar. "Isso daria na sexta-feira mas, em respeito à sociedade, vamos parar na segunda", completou.

O secretário de Administração do Município, Gerson Araújo, por meio de notícia divulgada ontem pela assessoria da prefeitura, lembra que o prefeito reparou injustiças que penalizavam os agentes vigilantes e Agentes de Serviços Diversos – ASDs. O salário base das duas categorias foi equiparado ao mínimo. "O salário das ASD que era de R$ 395,33 e o dos vigilantes de R$ 421,51, na tabela inicial, subiram para R$ 510,00. Hoje nenhum servidor tem a remuneração básica menor que o salário mínimo vigente. Aqueles que atuam nas escolas da zona rural passaram a receber o auxílio-transporte que antes era pago apenas para os professores", conta.

Gerson Araújo comenta ainda que os servidores em geral foram beneficiados com a criação do Departamento de Perícia Médica – Desopem que vai melhorar o atendimento. Os trabalhadores da Coder ganharam o direito ao plano de atendimento médico-hospitalar do Serv Saúde. O secretário afirma que outra prioridade definida pelo prefeito foi a de colocar em dia o repasse ao Impro. "Herdamos seis parcelamentos de dívidas das administrações anteriores. E o prefeito já conseguiu quitar três deles. Os outros estão em dia", disse.

O secretário Gerson Araújo, segundo repassou a assessoria da prefeitura, tranquiliza a população com o compromisso do Governo Municipal de garantir os serviços públicos aos cidadãos rondonopolitanos em geral, além de continuar avançando na política de valorização dos servidores, com reposição salarial, ganhos reais e correção das distorções.

 

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