O ex-cabo da Polícia Militar, Hércules de Araújo Agostinho, foi condenado a 27 anos e 11 meses de prisão pelos assassinatos dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo. O júri popular foi realizado ontem em Rondonópolis e a senteça saiu por volta das 23h. Com mais esta pena, Hércules acumula 140 anos e 6 meses de reclusão. Os irmãos Araújo foram assassinados por conta de uma disputa de terras. Conforme o Ministério Público, Hércules e o seu comparsa, o ex-PM Célio Alves de Souza, foram contratados para matar Brandão, em 1999, e José Carlos, no ano seguinte.
O advogado Ildo Roque Guareschi também responde processo por este caso. Ele e Célio recorreram da decisão de serem levados a júri popular e aguardam julgamento do recurso. A agropecuarista Mônica Marchett Charafeddine, o pai dela, Sérgio João Marchett, e o ex-capitão da PM Marcos Divino Teixeira da Silva também figuram como acusados. O processo contra eles foi desmembrado e não consta no site do Tribunal de Justiça.
A motivação das mortes seria uma área que pertencia aos irmãos Araújo e foi negociada com os Marchett, que honraram o pagamento somente das primeiras prestações. Diante da ausência de pagamento das parcelas, os irmãos entraram na Justiça para desfazer a venda. Os Marchett também recorreram para pagar o valor que os Araújo recusavam e ficar com a terra. Durante a tramitação dos processos, os 2 foram assassinados.
Hércules está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO) e veio a Mato Grosso somente para ser julgado.