Diretores de 15 escolas estaduais de Rondonópolis estiveram reunidos com o diretor geral do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) para discutir a questão das contas de água dos colégios estaduais da cidade. De acordo com a diretora da escola Carlos Pereira Barbosa, Genoefa Rezende do Carmo, o valor da tarifa cobrada pela água tem vindo bastante cara em diversas escolas. "Queremos uma explicação para isso, porque, mesmo quando fazemos economia, a conta continua vindo cada vez mais alta", disse.
Para ela, a maior dificuldade dos diretores é fazer o acompanhamento da leitura de água. "Nós nunca sabemos quando o responsável pela leitura vai chegar, e muitas vezes ele chega, não nos avisa e precisamos ter o controle disso até para sabermos se a leitura está sendo correta", relatou.
A diretora da escola Eurico Leocardio da Rosa, Eulália Vieira de Melo, ressaltou que como as contas tem vindo muito altas, fica difícil investir no ensino pedagógico. "Acaba que temos de gastar todo o dinheiro pagando as contas", explicou.
Segundo o supervisor comercial Eurípedes Batista de Paiva, é difícil controlar os gastos em locais públicos e fazer uma média como se faz em casa, já que são muitos alunos e nem todos tem a cultura de economizar água. "Tudo depende do consumo dos estudantes. Por exemplo, alguns deixam a torneira dos banheiros abertas e os zeladores às vezes demoram a ver, ou vão ao banheiro constantemente, o que acaba gastando mais água. Isso faz com que o consumo seja maior e a conta venha mais cara", afirmou.
Eurípedes disse ainda que podem haver outros problemas, como possíveis vazamentos ou mesmo ajustes que devem ser feitos nos cavaletes. Ele pediu que cada diretor elabore um ofício para que seja feita uma vistoria em cada uma das escolas. Vai ser designado um profissional para ficar responsável somente pela leitura de água das escolas estaduais, a fim de facilitar o controle dos diretores quanto a realização das leituras mensais.