O empresário Jorge Luiz Tabori e Jaeder Silveira, denunciados pelo assassinato da pró-reitora da UFMT, Sorahia Lima Miranda, 41, e dos professores Alessandro Luiz Fraga, 33, e Luiz Mauro Pires Russo, 44, recorreram ao Tribunal Regional Federal (TRF-1ª Região) para que possam responder ao processo em liberdade. Os três foram mortos em Rondonópolis. O pedido se encontra em análise pelo desembargador federal da 2ª Seção, Mário César Ribeiro. Ontem, Wilson Francisco da Silva, o “Russo”, que chegou a ser preso acusado de participação do crime foi inocentado graças a um exame de DNA solicitado pela Polícia Judiciária Civil.
Russo, que tem diversas passagens por crimes como furto e lesão corporal, chegou a confessar o crime ao delegado regional de Rondonópolis João Pessoa, mas depois negou. Ele havia sido acusado por causa de uma camiseta suja de sangue. Exames comprovaram que o DNA não pertencia a nenhuma das vítimas. O crime foi praticado porque a pró-reitora ameaçava acabar com um esquema de privilégios de Jorge no campus da UFMT. Ele era o detentor de um lava a jato dentro do campus. Os três foram mortos em 28 de novembro deste ano, quando chegavam ao bairro Colina Verde, após uma viagem. Para investigar o caso, dois inquéritos foram abertos.
O primeiro pela Polícia Judiciária Civil e o segundo pela Polícia Federal. Como as investigações demonstraram que havia motivação administrativa para o assassinato, a PF finalizou os trabalhos.
O crime ocorreu em 27 de novembro do ano passado, por volta das 23h30, quando os três servidores retornavam de uma reunião de trabalho em Cuiabá.