O Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública promovem, amanhã, às 9h30, reunião com moradores dos bairros localizados na região do Córrego do Barbado, próximo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), para discutir questões relacionadas às desapropriações resultantes das obras da Avenida Parque do Barbado. O encontro será realizado no auditório das Promotorias de Justiça de Cuiabá.
"Queremos discutir com os moradores alternativas viáveis a serem apresentadas à Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa) antes da remoção. Muitos moradores temem que a única opção seja a proposta de inserção dos mesmos em unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida em regiões distantes da cidade", informou o promotor de Justiça que atua na Defesa do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Silva.
Conforme o promotor de Justiça, os próprios moradores afirmam que nem todos poderão ser inseridos nos cadastros de programas habitacionais. Além disso, muitos possuem moradias consolidadas no local e já aguardavam a regularização fundiária dos bairros Castelo Branco e Bela Vista. "Não podemos ignorar o fato de que vários moradores construíram, no local, laços culturais, familiares e de convívio social, portanto não podem ser transferidos para bairros distantes", disse o representante do Ministério Público.
OBRAS: A Avenida Parque do Barbado interligará as avenidas Fernando Correa da Costa, Arquimedes Pereira Lima, Dante de Oliveira (Av. dos Trabalhadores), Gonçalo Antunes de Barros (Jurumirim) e avenida Vereador Juliano Costa Marques. Está prevista a remoção de famílias que residem nos bairros Castelo Branco, Canjica, Renascer, Bela Vista, entre outros.
De acordo com informações da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa), as obras do Parque do Barbado foram divididas em dois lotes. O primeiro está orçado em cerca de R$ 23 milhões e abrange um trecho de quatro quilômetros entre a Av. das Torres e a Fernando Correa da Costa. O segundo, estimado em R$ 10,8 milhões, terá 1.824 metros de extensão, interligando as avenidas Jurumirim e Juliano Costa Marques. No primeiro lote não haverá necessidade de desapropriações.