O trabalho de retirada dos ocupantes do Distrito do Posto da Mata continua até a saída de todos os invasores da Terra Indígena de Marãiwatsédé. O prazo para saída pacífica e retirada dos pertences encerrou ontem e desde o início da semana os moradores não resistiam mais a desintrusão, iniciada em 10 de dezembro de 2012.
No começo foram vistoriadas fazendas e propriedades de médio porte. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que participa das ações, afirma que o clima é calmo e muitas pessoas já deixaram suas residências. Boa parte aguarda a chegada dos caminhões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para retirar móveis e pertences pessoais. O órgão também cadastra as famílias clientes da reforma agrária para encaminhamento futuro.
O produtor rural Paulo Gonçalves reclama da falta de estrutura do poder público na retirada das famílias. Classifica a situação como "um caos". "Muita gente não tem para onde ir, não sabe o que vai fazer, o que vai acontecer. O cenário é de tristeza e desolação".