O produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Juruena (880 quilômetros de Cuiabá), Marcos Antônio Belizário Rodrigues criticou, duramente, em entrevista, ao Só Notícias, a portaria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que entrou em vigor ontem, proibido o tráfego de veículos com o Peso Bruto Total Combinado (PBTC) acima de 48,50 toneladas, na rodovia federal, no segmento localizado na região entre Castanheira, Colniza e Juruena.
“Conversamos com alguns líderes dos setores madeireiro e da agropecuária. Eles têm demonstrado muitas preocupações com a restrição DNIT. É uma determinação um pouco frustrada e que pode inviabilizar nossa região. Cerca de 70% dos produtos são transportados em caminhões bem maiores e que suportam bem mais peso do que as 48,50 toneladas permitidas. É uma situação que deve ser analisada com mais carinho. O DNIT precisa fazer uma fiscalização mais rigorosa das empresas que fazem manutenção dessas obras na rodovia. Com essa restrição, a carne que sai do frigorífico aqui (de Juruena) ficará parada porque o peso líquido e bruto ultrapassam as 50 toneladas”, afirmou Rodrigues.
De acordo com a assessoria do DNIT, a medida foi necessária, especialmente no período de chuvas, época em que a região é suscetível a alagamentos e comprometimento da trafegabilidade na rodovia. O controle será feito por meio de balança implantada no início do trecho que compreende esses três municípios, localizada no quilômetro 825 da BR-174. Também será realizado controle de restrição de tráfego nos pontos que requerem maior atenção.
A fiscalização está sendo executada pelos agentes de trânsito do DNIT, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. O DNIT esclareceu ainda que as condições adequadas de trafegabilidade ocorrerão somente após a efetiva construção da rodovia, que não está sob a responsabilidade do governo federal.