Denúncia de maus tratos e, até mesmo, tortura praticada por parte de diretores de cadeias e carcereiros no interior do Estado foi levada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Betsey Miranda. O documento foi entregue ao secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, na sexta-feira (13).
A advogada recebeu uma carta da irmã de um preso provisória narrando vários fatos ocorridos nas cadeias públicas de Lucas do Rio Verde, Campo Novo do Parecis e Juína apresentando testemunhas com seus respectivos telefones. O caso foi acompanhado pelo representante da Comissão de Direitos Humanos de Lucas.
Na narrativa, a denunciante informa que as agressões e represálias têm sido praticadas nestas unidades e que os detentos e suas famílias temem pela sua integridade física e moral. Ela informa ainda que foram feitas denúncias ao Ministério Público e que não houve nenhuma atuação no sentido de investigar o caso, por isso, procurou a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT.
Denunciou também a transferência ilegal de presos para cadeias de outras cidades como Campo Novo do Parecis e Juína sem informar ao juízo responsável, fato que teria ocorrido com o irmão da denunciante, que disse temer pela integridade física dele.
O ofício encaminhado pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT, Betsey Miranda, requer a transferência do referido preso provisório para a cadeia de Várzea Grande onde tem familiares que possam acompanhá-lo.