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Reportagem do Jornal Nacional aponta atrasos em obras da Usina Teles Pires no Nortão

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Uma reportagem da jornalista Geovana Teles e veiculada na edição de ontem do Jornal Nacional, da Rede Globo, destacou atrasos nas obras de várias hidrelétricas no país, entre elas a UHE Teles Pires, no município de Paranaíta (56 quilômetros de Alta Floresta), na divisa com o Pará. A jornalista apontou o prejuízo para o setor elétrico que os atrasos provocam e ressaltou que se as obras estivessem prontas “poderiam dar mais segurança ao sistema, além de reduzir os custos do setor e baratear a conta de luz”.

No caso da usina em Paranaíta, o cronograma de construção segue normal, entretanto, “as obras de geração que preocupam” e o comitê que monitora pediu pressa na construção das linhas, apontou a reportagem. “As linhas por onde a energia nova vai ser transmitida também estão atrasadas. A hidrelétrica vai começar a gerar energia em abril deste ano, mas a linha de transmissão só deve ficar pronta três meses depois, em julho”.

Procurada pela equipe da emissora, a Matrinchã Transmissora de Energia, responsável pela transmissão, afirmou que atrasos em licenciamentos ambientais prejudicaram as obras da linha Teles Pires.

A UHE Teles Pires terá potência instalada de 1.820 megawatts, suficiente para abastecer uma população de 2,7 milhões de famílias.

Entre as usinas mostradas na reportagem com obras em atrasos estão Belo Monte (PA), Jirau (RO) e linhão Tucuruí-Manaus-Macapá (AM e AP).

De acordo com a jornalista, “menos chuva e aumento de consumo de energia levaram à ativação das termelétricas, que geram energia mais cara, além de serem poluentes”. Da energia produzida hoje, no país, a geração das hidrelétricas responde por 75% e as termelétricas, por quase 22%. No mesmo período, em 2010, 93% da energia, vinham das hidrelétricas e das térmicas, apenas 6%.

“Essas dificuldades todas elevaram o preço e a energia no Brasil se tornou uma das mais caras do mundo: a sexta mais alta entre 27 países, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio”, ressaltou Geovana.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, explicou à jornalista que os atrasos ocorrem, entre outros motivos, “por interrupções determinadas pela Justiça e pela demora na concessão dos licenciamentos” e descartou o risco de racionamento.

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