No início da semana, o diretor da cadeia de Sinop, João Paulo Martinez, entregou ao Ministério Público um laudo técnico apresentando as frágeis condições de segurança do prédio, mas, segundo ele, ainda não recebeu resposta.
“Fiz a minha parte. Agora cabe ao MP analisar o laudo e dar seu parecer. Espero que isso seja feito o mais rápido possível, pois as condições da cadeia realmente não são as melhores. A segurança é muito precária e até o momento ainda não sei a posição do MP”, explicou, ao Só Notícias.
No laudo, Martinez apresentou a falta e a fragilidade de estrutura no prédio que torna a segurança debilitada. Entre os pontos, está a fragilidade nas grades que podem ser cerradas e até arrancadas e a facilidade de fazer túneis no solo. A localização da cadeia no centro da cidade também é um problema que está sendo enfrentado pela sociedade sinopense e outro ponto citado no laudo.
Conforme Só Notícias já informou, na última fuga, que aconteceu na terça-feira passada, 12 detentos cavaram um túnel partindo do local do vaso sanitário ate o pátio da cadeia. Os fugitivos escalaram o muro e alguns saíram pela parte da frente da cadeia enquanto que outros passaram pelos telhados de residências que ficam ao lado.
Dos 12 foragidos, 3 ainda continuam nas ruas, sendo José Ronaldo Souza, Adriano Ferreira da Silva e Fábio Pereira Ribeiro. Os demais, Bruno Jauner Silva Castro, Fábio Júnior Pinto, Josuel da Silva Barbosa, Adão de Moraes do Espírito Santo e Alexandre Soares, foram pegos na mesma noite da fuga e Robson Alves de Souza, Edson Aparecido Leite Hossneister, Joni de Polli Botelho e Fabio Molinário, foram pegos na última segunda-feira.
A cadeia deve ser desativada até o final do ano porque está praticamente pronto presídio de Sinop, com capacidade para 300 detentos.