A motivação do assassinato de Roseli Ribeiro de Melo, 44 anos, em fevereiro deste ano, na estrada Nanci, ainda não está totalmente esclarecida. No entanto, informações apuradas pelos investigadores da Polícia Civil apontam que um relacionamento extraconjugal, entre a vítima e o esposo de um das duas acusadas, pode ter sido a razão para o crime.
Consta no processo, disponível no site do Tribunal de Justiça, que, em fevereiro, a filha da vítima comunicou à polícia o desaparecimento. Em abril, a jovem entrou novamente em contato com um investigador, para relatar que havia recebido uma ligação telefônica, feita do número utilizado pela vítima. Segundo diversas testemunhas, ao ser questionada sobre o desaparecimento, uma das duas suspeitas sempre insinuava que Roseli estaria viva e bem.
A mulher ainda teria, em certa ocasião, perguntado ao sobrinho se “caso alguém pegasse no cabelo de uma pessoa e arrastasse ficaria as marcas das digitais no cabelo da vítima?”. O rapaz ainda respondeu que seria possível “sumir” com as provas de um homicídio utilizando ácido ou soda cáustica. O diálogo foi presenciado pela outra acusada, esposa do homem que teria tido envolvimento com Roseli. Do celular dele teria partido a ligação para a filha da vítima.
Conforme Só Notícias já informou, as duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial (prisão temporária) e confessaram participação no brutal assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 do mês passado por policiais civis. Elas ainda relataram ter jogado soda na vítima, no intuito, de “derreter” o cadáver.
A polícia foi comunicada, em fevereiro, sobre o desaparecimento de Roseli (que residia no Camping Clube) e, após 55 dias, o corpo foi encontrado. Após as prisões, três investigadores e dois peritos acompanharam uma das suspeitas e refizeram o trajeto, onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde morava. "Seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou uma das acusadas.
Ambas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e responderão por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Elas também tiveram decretada prisão preventiva.