Pelo menos 20 policiais militares com apoio da Força Tática de Sinop dão sequência, hoje, ao terceiro dia de reintegração de posse na fazenda Jaguaribe, que integra projeto do mesmo nome, no município de União do Sul (180 quilômetros de Sinop). O último balanço aponta que, ontem, 17 imóveis foram inspecionados e desocupados, o que elevou o total para 31. O trabalho chega na parte mais complicada, já que há propriedades com bovinos, demandando mais logística.
“O processo de desocupação continua transcorrendo de forma pacífica. No entanto, o comando da operação enfatiza que no segundo dia da reintegração fatores adversos das inspeções iniciais, feitas durante estudo de situação, foram desvelados durante as ações policiais ontem, no que se refere a localização de novas ocupações anteriormente não aferidas. Porém, seus ocupantes, foram retirados da área sem resistência à ordem judicial”, apontou em comunicado o comandante da PM de Cláudia, tenente Manoel Dantas, que está à frente dos trabalhos.
Os ocupantes retirados da localidade em litígio foram todos transferidos para residência localizadas na cidade de União do Sul, para onde foram transferidos seus bens.
Mais de 33 famílias estariam vivendo nos pouco mais de 1.609,3 hectares da fazenda que pertenceriam a sete associações, que os receberam inicialmente desmembrados em duas matrículas do Banco da Terra, os dividindo em três partes: construção da vila para famílias, reserva legal e lavoura com espaço para produção conjunta.
No entanto, na decisão da Vara Especializada de Direito Agrário em Cuiabá é apontado “que em junho de 2008, as partes requeridas, que também participam do projeto do Banco da Terra e que residem na Fazenda Jaguaribe, passaram a esbulhar a área de uso comum – destinada à exploração conjunta para lavoura, sob alegação de que o documento da área era ilegal e que a área era devoluta”.
Conforme Só Notícias já informou, a parte requerida “tomou posse da área comunitária do Projeto (de uso comum) e a subdividiu em 29 lotes e (tamanho em média de seis alqueires), a partir daí, iniciou o processo de ocupação da área de uso comum do projeto, destinada para exploração conjunta de lavoura, por desertores do projeto e ainda, com a participação de outros que viram a possibilidade de ganhar um espaço de terra”.
(foto: assessoria)