Em apenas três semanas de fiscalização na região Norte, tendo como base o pólo de Sinop, a equipe do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento na Amazônia já detectou desmatamentos irregulares em um total de 46 mil hectares. Aproximadamente 45 propriedades foram fiscalizadas e embargadas. Já foram aplicados cerca de 20 autos de infrações.
O valor das multas, segundo o analista ambiental Davison Alves de Oliveira, que está coordenando as atividades em Sinop, chega a R$25 milhões. “São multas altas, que vão de R$1 a R$2,5 milhões, de acordo com a área desmatada”, explicou.
São áreas, segundo ele, que eram de florestas nativas e agora estão sendo usadas para fins de agricultura. “Não só em Sinop, mas também em União do Sul, Santa Carmem, e próximo a Sorriso, foram detectados os desmatamentos irregulares, sem autorização”, informou.
A equipe operacional de Sinop é formada por 12 pessoas, mas deve aumentar, segundo Davison. “Na semana que vem deveremos receber mais um pessoal, cerca de 10 pessoas que vão se juntar à nossa equipe, inclusive com mais um helicóptero”, explicou.
A fiscalização vem sendo feita depois que foi desencadeada a Operação Curupira, que culminou com a prisão da cúpula do Ibama em Mato Grosso, exoneração do superintendete Hugo Werle, que ficou 22 dias preso sob acusação de receber propina para facilitar extração ilegal de madeira.
A previsão é que a operação na região de Sinop seja realizada em 6 meses.