As notas fiscais e dois computadores apreendidos ontem, durante a ‘Operação Quimera’, no hotel e residência do fiscal Ari Garcia (ex-chefe da Exatoria de Fazenda de Sinop) foram encaminhados para a 8ª Vara Civil de Cuiabá. Ari, que ainda está foragido, é acusado – de acordo com o Ministério Público- de envolvimento em desvios de tributos, crime contra a administração pública e contra a ordem tributária.
Segundo a promotora Laís Glauce Antonio dos Santos, os materiais serão essenciais para comprovar o envolvimento do fiscal em desvios. “Foram apreendidos notas fiscais, computadores e outros documentos pertinentes para comprovar o desvio de tributos”, relatou.
Uma equipe de nove policiais militares de Sinop acompanharam o promotor Paulo Cesar Dancieri Filho, fiscais do Ministério Público e um oficial de Justiça, nas buscas e apreensões. A equipe ficou no hotel por cerca de três horas. De acordo com o MP, foi encontrado na residência do fiscal, uma espingarda calibre 32 e mais de 30 munições.
A “Operação Quimera” foi desencadeada a partir de levantamentos de inteligência pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, após várias denúncias de sonegação da terceira via de notas fiscais em atuação de organizações criminosas. Sete fiscais estaduais, empresários em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cuiabá, Juína, Paranaíta, Várzea Grande e Juína foram presos. Um dos empresários foragidos é Toninho Domingos, secretário de Finançcas de Varzea Grande e irmão do prefeito Murilo Domingos. Ele é sócio-proprietário da Casa Domingos.
Na casa de um fiscal, em Rondonópolis, foram apreendidas várias terceiras vias de notas fiscais de mercadorias, reforçando a comprovação de fraudes.