As queimadas em Mato Grosso estão proibidas a partir de hoje, até 15 de setembro. O decreto 2673 -10 publicado no Diário Oficial do Estado, foi assinado pelo governador Silval Barbosa e houve antecipação do período proibitivo com objetivo coibir incêndios florestais porque as condições climáticas são extremamente desfavoráveis na região. Quem for pego ateando fogo pode receber multa que varia de acordo com a área atingida – de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil reais por hectare nas áreas de floresta -, além de correr o risco de ser detido e responder por crime ambiental. Nesses casos a detenção pode chegar a quatro anos.
A antecipação do período proibitivo foi solicitada pelo secretário de Meio Ambiente, Alexander Maia, e apoiada pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo em razão do agravamento das previsões climáticas para Mato Grosso como o forte calor e baixa ocorrência de chuvas.
Segundo as previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), no período iniciado em junho até setembro, em especial em Mato Grosso, deverá ocorrer um predomínio de ar seco e umidade relativa do ar abaixo dos 30%, constituindo fatores que aumentam o risco de fogo no estado.
Este ano já foram registrados no Estado pelo menos quatro grandes incêndios: um no morro Quebra-Gamela, em Chapada dos Guimarães, outros dois na região de Nobres e o último foi esta semana, no Monumento Natural Morro de Santo Antônio do Leverger, localizado no município de Santo Antônio do Lerverger.
O fogo na unidade de conservação, que possui uma área de 258 hectares, começou na manhã da última quarta-feira e foi controlado ontem à tarde, segundo informações da Defesa Civil.
Dados dos satélites do Inpe apontam que, dos 1.501 focos de queimadas observados no Brasil (nesta sexta-feira) 413 são em Mato Grosso. Desse total, 46 foram registrados em Tabaporã; 40 em Porto dos Gaúchos; 34 em Santa Carmem; 27 em Tapurah; 21 em Tangará da Serra; 18 em Campinápolis; 17 em Paranatinga; 17 em Nova Mutum; 17 em Jaciara e 11 em Nova Maringá.