A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, determinou a realização de júri popular para julgar o principal suspeito de assassinar Neuton Borges dos Santos, em 14 de março de 2004. O crime ocorreu na rua das Primaveras, no Jardim Jacarandás. Consta no processo que a vítima foi atingida por golpes “de instrumento contundente de concreto” e morreu na hora.
Uma testemunha contou que Neuton teria tentado intervir em uma briga entre o acusado e o pai dele. Segundo esta versão, a vítima apareceu no local segurando um bloco de concreto e, de imediato, “foi para cima do réu”. Em seguida, os dois entraram em luta corporal. A testemunha, no entanto, disse não ter visto o momento em que o acusado teria atingido Neuton, causando sua morte.
A versão foi confirmada pelo suspeito, que, mais de dez anos após o crime, se apresentou espontaneamente e não chegou a ser preso. Ele contou que pediu para que seu pai parasse de ingerir bebida alcóolica e que, por tal motivo, iniciaram uma discussão. Neste momento, segundo o réu, a vítima apareceu segurando uma pedra e disse “vem encarar um homem de verdade, seu vagabundo”.
O suspeito justificou que pegou uma pedra no local e, para se defender, atingiu Neuton, ainda de pé. De acordo com esta versão, ao perceber que a vítima havia caído, o acusado chamou resgate médico e, em seguida, fugiu do local.
Conforme a decisão da juíza, o réu vai responder, em júri, por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil. A sessão de julgamento ainda não foi designada.