Recém-nascida indígena que ficou enterrada por 7 horas apresenta melhora no quadro de saúde, mas situação ainda é critica. Último boletim médico, emitido por equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, relata que a menina continua entubada e submetida a hemodiálise.
O quadro era considerado estável na manhã de sábado (9), informou o médico Antônio Preza, diretor da unidade. A expectativa é que a medicação reverta o quadro de infecção generalizada. A oxigenação de apoio, com aparelhos, também foi reduzida. A equipe médica ainda não tem condições de avaliar se a paciente terá sequelas decorrentes da falta de oxigenação durante o período que aspirou terra. Um cateter foi introduzido na região abdominal, para auxiliar no tratamento e limpeza das impurezas da corrente sanguínea.
A tentativa de infanticídio foi descoberta na noite de terça-feira (5), na cidade de Canarana (823 km a leste) e a avó e bisavó da menina foram presas. Estima-se que a recém-nascida ficou 7h debaixo da terra, até que foi retirada por policiais militares. A primeira a ser presa foi a bisavó Kutsamin Kamayura, 58, ainda na noite de terça-feira. A avó, Tapoalu Kamayura, 33, foi presa na sexta-feira (8). Ambas são acusadas de planejar a morte do bebê, depois que não tiveram sucesso com as tentativas de abortar a gestação da neta e filha, de 15 anos, que era mãe solteira.
Caso foi descoberto logo após o parto, quando a jovem foi encaminhada para hospital com quadro de hemorragia pós parto.