Promotores do Grupo Especial de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), orgão do Ministério Público Estadual (MPE), esperam conseguir derrubar a liminar obtida pelo Sindicato dos Distribuidores de Derivados de Petróleo (SindPetróleo) que impediu que pudessem acessar documentos e computadores da entidade. O trabalho do Gaeco tinha como finalidade descobrir provas da existência de um cartel de combustível atuando no Estado. Mato Grosso é um dos Estados cujo combustível tem um dos maiores preços do Brasil.
A decisão judicial que garantiu o cumprimento de 47 mandados de busca e apreensão no Sindipetróleo e em postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande, no dia 24 de fevereiro, segundo informe distribuído pelo Gaeco, não foi cassada pela Justiça. O MP teve apenas que transferir os computadores e os documentos bancários apreendidos no sindicato da categoria para a sede do Fórum Criminal da Capital, onde ficarão lacrados até julgamento de um recurso interposto pelo órgão sindical.
“O restante da documentação, apreendida nos postos de combustíveis e no próprio Sindipetróleo, continua com o Ministério Público, que terá 10 dias para concluir toda a análise” – informou a nota distribuída no começo da noite.
O Ministério Público ainda informou que “adotará as medidas judiciais cabíveis para garantir a obtenção dos dados contidos nos computadores e a quebra de sigilo bancário do Sindipetróleo” como forma de dar continuidade às investigações e busca de provas para sustentar uma possível ação civil pública contra os organizadores do cartel.