Dezessete pessoas foram denunciadas pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Alta Floresta, por organização criminosa, prática de tortura mediante sequestro, homicídio qualificado (consumado e tentado), ocultação de cadáver, extorsão qualificada e corrupção de menores. As penas poderão passar de 100 anos em relação a alguns acusados, informou, esta tarde, o Ministério Público.
A denúncia, oferecida na sexta-feira, é resultado da Operação Torquemada e os crimes, que ocorreram em abril passado,foram motivados por disputa territorial pelo mercado de tráfico ilícito de drogas entre duas facções criminosas De acordo com o MP, os crimes foram cometidos contra as vítimas Raiane do Nascimento Silva e Carlos Eduardo Santos Azevedo porque os acusados acreditavam que elas possuíam envolvimento com uma das facções.
Consta na denúncia, que a vítima Raiane foi torturada por horas, com agressões físicas em dois cativeiros e partes de seu corpo também foram queimadas com isqueiro. Os denunciados também tentaram matar Raiane com disparos que a atingiram na região da nuca e nas costas. A vítima só sobreviveu porque fingiu-se de morta e depois saiu em busca de ajuda, recebendo tratamento médico no Hospital Regional de Alta Floresta. Carlos Eduardo Santos Azevedo também foi torturado e, ao final, executado com golpes de faca e disparos de arma de fogo, relata a promotoria, através da assessoria.
Do grupo denunciado pela promotoria, 13 acusados estão presos em Alta Floresta, Colíder e Cuiabá. Os atos também tiveram a participação de cinco adolescentes. A organização, segundo o MPMT, era liderada por uma mulher que também está presa.