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Promotores, juízes debatem em Mato Grosso ações para ‘adoção tardia’ de crianças

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Como está a situação da adoção em Mato Grosso? Quantas crianças estão na fila a espera de um lar? Quantos pretendentes à adoção aguardam um filho do coração? O atual sistema está funcionando? Quais os principais entraves? O que pode ser melhorado? Onde é preciso avançar? Estas questões começaram a ser debatidas, hoje, na capital, no seminário sobre o "Instituto da Adoção e Desafios”, realizado pelo Ministério Público do Estado e o Poder Judiciário. O público-alvo é formado por promotores de Justiça e juízes que atuam na defesa da criança e do adolescente, além de assistentes sociais e psicólogos.  Ano passado, 18 crianças e adolescentes foram adotados em Mato Grosso. Atualmente, a nível nacional, há 7.158 crianças aptas à adoção e 38 mil interessadas em adotar.

“Nada melhor que o Dia Mundial da Adoção para juízes e promotores se reunirem para debater o que aconteceu este ano nesta área. Sabemos que há 5 anos a preferência dos candidatos a adoção era por crianças de até dois anos de idade. Isso mudou? Sim, um pouco, mas ainda precisamos avançar muito, porque o número de crianças com idade entre 8 e 12 anos, à espera de uma família, ainda é grande. O que podemos fazer para incentivar a adoção tardia? O caminho que promotores e juízes estão percorrendo quando o assunto é adoção precisa ser reavaliado? Sim ou não? Este encontro vai ajudar a trazer respostas pois precisamos avançar neste quesito”, destacou o titular da Procuradoria de Justiça Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Roberto Jorge do Prado.

Para a juíza auxiliar da corregedoria Geral de Justiça, Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli, é preciso olhar com carinho e atenção para o instituto da adoção, ver e avaliar novas possibilidades, pois dezenas de crianças e adolescentes estão aguardando a possibilidade de ter um lar. “Tenho certeza que daqui sairão respostas importantes para que possamos mudar os números. Queremos que todos aqueles que estão na fila para serem adotados tenham a possibilidade de ter uma família, receber amor, carinho e atenção”.

A presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Lindacir Bernardon, acredita que debater a questão da adoção é de vital importância, principalmente para desmistificar a ideia de que adotar é um processo extremamente burocrático. “Existem alguns trâmites que são necessários. Não é uma questão de burocracia, mas sim de cuidado, tanto para a criança que está a espera de um lar, quanto para os pretendentes. Assim, todos os direitos serão resguardados, de ambos os lados”, defende.

Dados divulgados no primeiro semestre deste ano revelam que em Mato Grossoexistem 54 crianças e adolescentes na fila do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e 700 pretendentes. Apesar do número de pessoas interessadas em adotar ser muito superior a quantidade de crianças, o perfil não agrada, já que a maioria das crianças não está dentro dos “padrões” idealizados pelos pretendentes, principalmente com relação a idade.

 

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