A 14ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Cuiabá anunciou a instauração, por cautela, de um procedimento para garantir a proteção integral da recém-nascida roubada da adolescente de 16 anos que foi brutalmente assassinada na capital. As primeiras diligências foram determinadas pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta.
O Ministério Público de Mato Grosso solicitou ao Conselho Tutelar, no prazo de 48 horas, visita ao núcleo familiar da jovem para analisar se existem familiares aptos a receber a bebê, bem como comparecer ao Hospital Santa Helena, onde ela se encontra, para aplicar as medidas de proteção cabíveis.
Além disso, determinou o encaminhamento dos autos à equipe técnica do Núcleo da Promotoria para a realização de estudo psicossocial simplificado do caso junto ao núcleo familiar da criança, com a finalidade de analisar se existem familiares da criança aptos a recebê-la e indicar quais medidas de proteção são necessárias neste momento. O prazo é de três dias úteis para entrega dos relatórios.
Após as deliberações iniciais, Paulo Henrique Amaral Motta declinou a atribuição do caso para a 5ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Várzea Grande ante a informação de que todos os familiares da criança residem na cidade. A partir de agora, estará à frente do acompanhamento do caso o promotor de Justiça Silvio Rodrigues Alessi Junior.
Conforme Só Notícias já informou, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil prossegue com as investigações para apurar o homicídio da adolescente. Uma mulher, identificada como autora da morte da jovem, confessou o crime e responderá por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e por registrar como próprio um parto alheio.
Outras três pessoas, o marido, o irmão e um amigo da autora, foram conduzidas para a delegacia. Eles foram ouvidos e liberados. Não havia elementos contra eles para lavratura do flagrante. Segundo o delegado titular da DHPP, Caio Fernando Alvares Albuquerque, apesar de liberados, as investigações serão aprofundadas para apurar o envolvimento desses três investigados. “As investigações continuam e todas as informações estão sendo checadas para levantar elementos que possam indicar a participação de outras pessoas na execução da vítima. Aqueles que tiveram a participação identificada vão ser devidamente individualizados na participação do crime”.
Conforme Só Notícias já informou, o corpo da adolescente foi encontrado, ontem, em uma cova no quintal de uma residência no bairro Jardim Florianópolis. A família relatou que ela teria sido atraída com a promessa de doações de roupas feita por uma mulher que a conheceu pelas redes sociais. A suspeita teria pagado o carro de aplicativo para que a vítima fosse até sua residência.