O projeto “Onde há educação, a corrupção não tem vez” com objetivo de conscientizar crianças e adolescentes combater à corrupção foi implantado pela promotora de Justiça, Luciana Fernandes Freitas, no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), em Alta Floresta. A previsão é que as ações também sejam desenvolvidas nas escolas municipais e estaduais, no próximo ano.
“Esse é um projeto antigo, desenvolvido em 2014 e implantado em outras cidades onde já trabalhei. Ele iniciou em Porto Alegre do Norte. Depois, foi levado para Comodoro, Cuiabá, Várzea Grande, Diamantino, Alto Paraguai e, agora, em Alta Floresta. Já estamos com as tratativas para implantar também nas escolas no próximo ano”, disse Freitas.
A promotora explicou que o projeto segue um padrão. “É feita uma certa competição entre as escolas e alunos. São colocadas algumas tarefas com provas de artes, redação e oratória. O promotor vai até à escola, conversa com eles e os educadores. Além disso, são feitas palestras e atividades pedagógicas. Também são desenvolvidas atividades para ir criando consciência da prevenção primária da corrupção”, explicou.
Luciana Freitas avaliou que o resultado com os alunos sempre é surpreendente. “São as pequenas ações. Os políticos não nasceram no planeta Marte. Costumamos lembrar apenas dos grandes casos de corrupção, mas essas pessoas cresceram no mesmo ambiente que o nosso. É necessária uma educação como vetor de transformação. São nos pequenos atos, na prevenção primária que ocorre mudança em todos os âmbitos”.
O projeto “Onde há educação, a corrupção não tem vez” ganhou destaque nacionalmente e já foi implantado em outros Estados. Os trabalho da promotora nas escolas foi reconhecido pela senadora do Rio Grande do Sul, Ana Amélia (PP), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, no último dia 9 deste mês, em comemoração do Dia Internacional contra a Corrupção.