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Projeto da Polícia Civil aposta em oficinas de teatro e dança para alertar alunos sobre drogas

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Atividades recreativas e culturais como música, teatro e dança, utilizadas como estratégias para manter crianças e adolescentes o maior tempo possível envolvidas em ações que sejam prazerosas e que despertem interesse. Esta é a aposta do Programa “De Cara Limpa Contra as Drogas”, da Polícia Judiciária Civil, que vê nas atividades extracurriculares uma oportunidade para os jovens mostrarem suas percepções, sentimentos e criatividade, e assim afastá-los das possibilidades do mundo das drogas.

Composto de ações multidisciplinares, o programa conta com apoio de voluntários para trabalhar com oficinas culturais, em que os alunos têm oportunidade de adquirirem novos conhecimentos, vivências e o contato com diversas formas de arte que os ajudam expressar suas emoções e ter outra visão em relação ao problema das drogas, como consumo, dependência e tráfico.

As oficinas de coral, teatro e Hip Hop atendem 223 estudantes de nove escolas de Cuiabá e Várzea Grande, em que o programa é desenvolvido. De acordo com a gerente do “De Cara Limpa Contra as Drogas”, Laura Lea Correa da Costa, as oficinas incentivam a arte e a cultura, como meio de engajar meninos e meninas em outras atividades que os distancie da realidade das drogas.

 “As estratégias de prevenção são diversificadas e devemos valorizar qualquer tipo de atividade cultural ou lúdica como fator importante de proteção. Mantendo as crianças e adolescentes com a mente ocupada, diminuímos a ociosidade e consequentemente os pensamentos que levam a ações negativas”, explicou.

Utilizando a música com forma de expressão, a oficina de coral é a que atinge maior número de pessoas, com 141 alunos de 4 escolas.  Na oficina, os alunos aprendem a técnica vocal e ensaiam um repertório variado, trabalhando questões como postura, afinação, respiração e dicção.

Além das técnicas de trabalho com a voz, durante os ensaios são trabalhados os valores da família, ética, religião e conscientização dos males causados pelo consumo de drogas. De acordo com a regente e preparadora vocal, Rosa Malena, as aulas ajudam a socialização, descontração e relaxamento dos alunos, que se sentem a vontade para falar sobre qualquer tipo de assunto.

“A música mexe com o coração e com a alma dos alunos, que se tornam cada vez mais dedicados, amorosos e atenciosos, agindo dentro da doutrina da ética e do comportamento, trabalhando essas virtudes não só dentro como fora da escola”, disse.

Pela oficina de Hip Hop, a dança é trabalhada como um processo educativo em que os alunos podem esquecer os seus problemas e se entregar, expressando seus desejos, experiências e realizações. Segundo o professor de dança, Matheus de Luca, os estudantes se identificam com o movimento nascido nos guetos americanos e materializado como uma forma de luta da juventude contra a violência, a discriminação racial, a falta de perspectivas e as drogas.

“Com as aulas, os alunos aprendem a criar compromissos com o grupo, sendo trabalhada a inclusão social e retiradas noções de exclusão e preconceito. Muitos começam a oficina agitados e violentos e ao final estão mais disciplinados, respeitando colegas, pais e professores”, destacou.

Na oficina de teatro, a professora Raquel Mutzenberg, procura fazer com que a arte a imite a vida de maneira leve educativa, trabalhando com o material que as próprias crianças trazem do seu cotidiano e do conteúdo social da sua vivência. Um dos focos da oficina é trabalhar o corpo e a mente para vivenciar situações extra-cotidianas e experimentar novas sensações, como pessoa individual e coletiva.

“Trabalhamos com um processo criativo definido pelas crianças, em que elas falam sobre o mundo que vivem, relatando suas experiências, seus problemas e seus desejos”, explicou a teatróloga.

Além das oficinas, o programa realiza palestras e debates dentro de escolas, onde os alunos podem falar a respeito da sua realidade e debaterem sobre situações do seu cotidiano. Em 2014, foram quase 12 mil pessoas atingidas em 105 palestras realizadas para crianças, jovens e adultos de escolas da região metropolitana.

As palestras buscam conscientizar os alunos sobre os malefícios das drogas e abordam outros temas como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), relacionamento interpessoal, importância da família e da religião, valores e atitudes, homofobia, preconceito, uso de drogas ilícitas e abuso de drogas lícitas, violência.

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