PUBLICIDADE

Projeto contra as drogas alcançou 14 mil jovens no ano passado em MT

PUBLICIDADE

Falar sobre drogas é sempre delicado, em especial quando o tema é abordado com crianças e adolescentes que estão em fase de formação de valores. Debater a temática adequadamente com os estudantes, pais e educadores é o foco do programa De Cara Limpa Contra as Drogas, da Polícia Judiciária Civil. Por meio de palestras – intituladas como um “bate papo” – a ação trata o assunto de forma criativa e lúdica.

O De Cara Limpa Contra as Drogas atua em escolas da rede pública com objetivo de conscientizar crianças e adolescentes sobre os malefícios decorrentes do uso de substâncias entorpecentes. As escolas estão em comunidades consideradas de risco. Em 2015, o programa atendeu mais de 14,4 mil pessoas, com 115 palestras e 13 eventos realizados em escolas públicas da região metropolitana e interior de Mato Grosso.

O programa está inserido nas atividades da Coordenadoria de Polícia Comunitária e conta com apoio de voluntários, a maioria policiais civis, além de parcerias com a administração pública e empresas privadas, que contribuem para viabilização das ações. Os voluntários abordam assuntos que fazem parte da vida do estudante e da comunidade escolar, como o consumo de drogas, sexualidade, violência e valores familiar.

As principais palestras são: Drogas Lícitas e Ilícitas: uso, abuso e consequências; Meus ídolos morreram de overdose; Prevenção às drogas, violência e criminalidade; Prevenção ao uso de álcool e outras drogas; Direito e deveres da criança e do adolescente, cidadania e prevenção ao uso de drogas; Homofobia; A importância da escola e da família; Gravidez na adolescência; Bullying; Exploração Sexual; Cidadania e Maioridade Penal.

Para a gerente do programa, investigadora Laura Lea Correa da Costa, a participação da escola, professores e família, atuando como orientadores na prevenção do consumo de drogas, é fundamental para que o processo de conscientização seja eficiente.

A abordagem sobre drogas, destaca Laura, não deve adotar um tom proibitivo, mas deve valorizar o que a criança ou adolescente tem a dizer. Por esse motivo, as ações nas escolas são chamadas bate-papo com os alunos. “Para tratar sobre o assunto, não basta fazer uma palestra sobre os perigos e todos os presentes vão sair conscientes dos malefícios das drogas. É preciso que o adolescente também possa expressar as suas opiniões, contar a realidade da sua vida e mostrar as situações de risco enfrentadas no seu dia a dia”.

Laura diz que nessa idade os alunos já se depararam com a droga, mas muitos ainda não consumiram e estão no momento de tomar a decisão de negar ou de aceitar. “A adolescência é a fase da curiosidade, do conhecimento. Os jovens são espertos e sabem muito sobre questões relacionadas a entorpecentes. Eles testemunham colegas e parentes que têm envolvimento com drogas e, para resistir à pressão de um grupo, os adolescentes precisam mais do que um aviso sobre os malefícios do consumo”.

A coordenadora pedagógica da Escola Estadual Padre Wanir Delfino César, Gisele Martins da Silva, afirma que as ações do De Cara Limpa Contra as Drogas na escola mudam o comportamento e as atitudes dos alunos, sendo perceptível o interesse dos estudantes no assunto. “Nas palestras, principalmente aqueles que já se envolveram com drogas ficam atentos, fazem perguntas, tiram dúvidas. Com os esclarecimentos, eles procuram os professores, coordenadores e desabafam, pedem ajuda e demonstram saber que a droga é prejudicial para a vida deles”.

O palestrante voluntário Gláucio Galvão, que é investigador, ministra palestras específicas para jovens, pais e educadores. Entre os assuntos abordados com os adolescentes está o comportamento negativo que pode levar ao consumo de drogas, a exemplo da mentira, da desobediência, da falta de responsabilidade, da baixa frequência escolar e o convívio com grupos em que a droga já está inserida.

“Os estudantes ficam curiosos não só para saber sobre os malefícios das drogas, mas para conhecer os crimes e consequências que a consumo pode levar. Após as conversas e debates, eles se sentem mais seguros para dizer 'não' para qualquer tipo de droga que lhe seja oferecida”, disse.

Com os pais e educadores são trabalhadas mudanças de comportamento que podem demostrar que o jovem está entrando no submundo das drogas e como lidar com a situação. Para o palestrante, existe uma satisfação muito grande de toda comunidade escolar pelo fato da Polícia Civil desenvolver o trabalho de prevenção.

“O trabalho de prevenção é a melhor opção para que crianças e adolescentes não entrem para o mundo das drogas. O vício em entorpecentes pode se tornar uma doença progressiva, incurável e fatal que ataca o físico, o mental e o espiritual do usuário e resulta em cadeia, loucura ou morte precoce”.

Em março de 2015, vários parceiros do De Cara Limpa Contra as Drogas prestigiaram o lançamento do primeiro documentário sobre drogas produzido pelo programa. O documentário de 20 minutos traz uma mensagem de luta, força e esperança para adolescentes, jovens e educadores que lidam diariamente com o problema do consumo de drogas. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE