O projeto Reconecta, vinculado ao programa municipal “Alta Floresta Não Atropela”, registrou, desde outubro do ano passado, a passagem de 1,5 mil primatas entre cinco espécies (macaco-aranha-da-cara-preta, mico-de-Schneider, bugio-ruivo-de-spix, bugio-ruivo-do-purus e o recém-descoberto zogue-zogue-de-Alta-Floresta), pelas 7 pontes de dossel instaladas no perímetro urbano do município. A data de início dos levantamentos, realizados com o auxílio de câmeras TRAP ou armadilhas fotográficas, coincide com o mesmo período em que o sistema de travessias passou a operar.
As ações de monitoramento são encabeçadas pela bióloga e líder da iniciativa, Fernanda Abra, juntamente com voluntários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). As estruturas, que visam ampliar a segurança da fauna arborícola local (por meio do acesso controlado e seguro às zonas superiores da floresta) e viabilizar maior conectividade às atividades de cunho ambiental com a população em geral, foram implantadas com um investimento R$ 559 mil.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Gercilene Meira Leite, os números demonstram a efetividade das atividades.”É importante destacar pois é um projeto da comunidade de Alta Floresta, dos nossos parceiros institucionais que abraçaram a causa”, “trabalhando em prol da sustentabilidade, da conservação e preservação da nossa biodiversidade” e “indo de encontro com a segurança dos nossos pedestres, ciclistas e motociclistas, que ao trafegar por essas ruas, não correm o risco de atropelar esses animais”.
As pontes também serão utilizadas como ferramenta educacional e de sensibilização às questões ecológicas, proporcionando uma visão privilegiada da vida selvagem e conscientizando estudantes, pesquisadores ou visitantes sobre a importância da manutenção de áreas verdes, bem como os ecossistemas que a compõem. Outra vertente a ser fortalecida é o ecoturismo, mediante a oferta de experiências voltadas à exploração e imersão na natureza.
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