Profissionais da educação decidiram, esta tarde, em assembleia geral, paralisar as atividades na rede municipal por três dias, na próxima semana. A mobilização começará na quarta-feira (30) e seguirá até a sexta (1), no intuito de forçar uma audiência com o prefeito Juarez Costa (PMDB) para que as diversas reivindicações da categoria sejam atendidas. “Vamos notificar o gestor, que, há dois anos não nos atende, para tentar uma reunião. Queremos uma comissão para avançar em alguns pontos”, explicou, ao Só Notícias, o vice-presidente da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Kleber Solera.
Entre os pontos reivindicados estão melhorias nas condições de trabalho nas creches e escolas municipais, com contratação, por meio de concurso, de mais professores e reforma das unidades educacionais, além da ampliação da redução na jornada de trabalho para os profissionais técnicos. “Também queremos que a prefeitura cumpra o que prometeu e que a jornada seja de 36 horas semanais e não 38, como foi decidido pelo Executivo. Não significa que não aceitamos da forma como ficou, mas temos que provocar o debate”, afirmou.
A prefeitura será notificada e a intenção do Sintep é convocar uma audiência ainda na segunda-feira (28), uma vez que, no dia seguinte, haverá uma nova assembleia geral para avaliar os encaminhamentos discutidos hoje.
Conforme Só Notícias já informou, a redução da jornada foi sancionada esta semana e houve críticas por parte do sindicato. O diretor regional da entidade, Valdeir Pereira, informou que foi proposta uma jornada de 36 horas. Mesmo assim, a prefeitura, enviou o projeto de lei sem dialogar com a categoria. “No final de fevereiro, enviamos para a Secretaria de Educação um ofício propondo uma mesa redonda para discutirmos o assunto. Mas não obtivemos resposta. Na terça-feira (22), enviamos outro ofício e novamente ficamos sem resposta”, explicou.
Em 2015, foi aprovado dentro do plano municipal de educação a jornada única de 30 horas semanais para professores.