A assembleia dos docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) deliberou, há pouco, em Cáceres, por não aceitar a proposta do governo estadual de parcelamento da correção salarial fixada em 6,22% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2014. O governador Pedro Taques já determinou o pagamento de 3,11% este mês e a outra metade em novembro, o que foi rejeitado pela categoria. “A proposta do governo é ilegal e arbitrária, pois não garante sequer que o restante será pago”, avaliou o vice-presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), Luiz Jorge Basilino, ao Só Notícias.
Desta forma, mais de 15 mil alunos continuarão sem aulas, em vários campi do Estado. Os docentes pretendem notificar o governo, que terá um prazo até segunda-feira (1º) para decidir se pagará o restante da correção inflacionária na próxima folha dos servidores, a de junho. Caso a resposta seja negativa, os profissionais devem entrar em greve definitiva (até o momento, o movimento é chamado de paralisação).
“O governo disse que fez um acordo com o Fórum Sindical, mas isso não é verdade. O que houve foi apenas a proposta. O governo simplesmente nos comunicou que estaria implantando 3,11% agora e o restante no final do ano. Essa decisão caça os direitos dos trabalhadores garantidos na constituição, além de descumprir uma lei que o próprio Estado implementou”, criticou Luiz Jorge.
Conforme Só Notícias já informou, mais de mil profissionais estão de braços cruzados desde ontem. Durante a reunião entre o secretário de Gestão do Estado, Júlio Modesto e o Fórum Sindical, esta manhã, para definir a proposta, não foi permitida a entrada de representantes de cinco sindicatos, que segundo a associação dos docentes, foram barrados por decisão do próprio fórum sindical, sob o argumento de não ter participado dos demais encontros.
Na primeira quinzena de maio, o governo do Estado pagou metade do valor fixado em 6,22%, o que gerou insatisfação e dos servidores.
(Atualizada às 18h40)