Professores, técnicos e demais servidores da Educação fizeram, esta tarde, panfletagem no cruzamento entre as avenidas Sibipirunas e Júlio Campos expondo os motivos da greve nas escolas estaduais que dura 37 dias. Eles estavam com cartazes e faixas expondo que “a educação está em greve porque é grave!”, “não iremos abandonar nossas conquistas”. O manifesto durou cerca de três horas.
O diretor de comunicação do Sintep de Sinop, Anderson Cardoso Ribeiro, esclarece que os profissionais querem retornar às atividades o quanto antes, mas o corte de ponto (desconto nos salários) é um dos grandes fatores prejudiciais nesse processo. “Com o corte, fica claro que nós profissionais da Educação não somos obrigados a repor as aulas, mas como queremos a sociedade do nosso lado e também pensamos nos filhos dos trabalhadores. Vamos sim repor”, “mas tudo vai depender da proposta do governo do Estado para que se encerre essa greve”, concluiu.
No manifesto de hoje eles também reivindicam melhorias na infraestrutura das escolas, com “laboratórios de informática que funcionem de fato, laboratórios de ciências onde os estudantes do ensino médio possam aprender química e física de uma maneira prática” “para que o potencial dos nossos alunos seja explorado ao máximo”. Ele ainda afirma que o governo ofereceu uma proposta de 300 reformas a nível estadual, mas que no documento enviado na semana passada teriam somente 30 destas.
Conforme Só Notícias já informou, os profissionais também têm como principal cobrança para encerrar a greve o cumprimento da lei 510 de 2013 que prevê reajuste salarial de 7,69%, neste ano, a Revisão Geral Anual (RGA), que o governo estadual congelou por dois anos, o chamamento dos classificados no último concurso da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), realizado em 2017, entre outras pautas.
O governo do Estado informou que não pode conceder reajuste salarial porque ‘estouraria’ o teto de gastos com funcionários e, com isso, desrespeitaria a Lei de responsabilidade Fiscal. A secretaria de Educação informou ontem novo levantamento apontando que em mais de 57% das escolas no Estado há aulas.
A categoria tem nova assembleia marcada para sexta-feira, em Cuiabá.