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Professor da UFMT descobre nova espécie de macaco no Nortão

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Só Notícias (foto: assessoria)

Um grupo de pesquisadores, composto também por dois docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), descobriu uma nova espécie de macaco durante expedição em Alta Floresta (300 km de Sinop). O animal foi encontrado há 4 anos e, agora, após muitos estudos analisando a morfologia, características físicas do animal, e estudos genéticos, saiu a conclusão. “A partir disso descobrimos que realmente se tratava de uma nova espécie, pois os resultados nos mostraram que os macacos coletados em Alta Floresta não pertenciam à nenhuma já descrita cientificamente”, informa o professor Rogério Rossi, do Instituto de Biociências (IB). A confirmação foi feita, ontem, pela UFMT.

A espécie foi Batizada de Plecturocebus grovesi, em homenagem ao professor britânico Colin Groves, considerado uma das maiores autoridades mundiais em taxonomia de primatas, falecido em 2017, a espécie faz parte de um grupo de macacos conhecidos popularmente como sauás ou zogue-zogues. Ela pode ser encontrada na região do Pantanal, ao Norte de Mato Grosso e em toda a região Amazônica. Com um tamanho próximo ao de um macaco-prego, porém mais peludo e com cores mais vistosas, costuma se alimentar de frutos e insetos e são conhecidos por serem barulhentos.

Em 2014 a expedição à Alta Floresta foi feita para coleta de mamíferos, coordenada pelo professor Rogério Rossi, por meio do projeto “Marsupiais e pequenos roedores da Amazônia meridional: Uma reavaliação da diversidade taxonômica e genética do grupo em uma área integrante do arco de desmatamento no Brasil”, financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). “Minha pesquisa é relacionada com áreas da Biologia que se propõem a descrever novas espécies e estudar as relações de parentesco entre as espécies. É uma área que utiliza as coleções zoológicas – coleção de exemplares de animais para estudo científico – então, com uma certa frequência vamos à campo para realizar coletas científicas”, explica o docente, através da assessoria. “Normalmente coletamos pequenos animais: roedores, marsupiais [gambás] e morcegos. Naquela expedição fiz parceria com alguns pesquisadores que têm interesse em primatas e coletamos alguns exemplares. Com base neles, percebemos que podíamos ter uma espécie nova de macaco”, afirma.

A equipe de pesquisadores que fez parte dessa descoberta envolveu, além do professor Rogério Rossi, o professor Gustavo Canale, do câmpus de Sinop, e pesquisadores das Universidades Federais do Amazonas (UFAM), do Pará (UFPA), de Viçosa (UFV) e de Goiás (UFG); do Museu Paraense “Emílio Goeldi”; da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat); do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, além da Universidade de Salford, Institute for Society and Genetics, Global Wildlife Conservation, vinculado à University of California (UCLA) e e Stony Brook University.

O Brasil é o país com o maior número de primatas conhecidos. Segundo o site oficial da Sociedade Brasileira de Primatologia, são mais de 140 espécies distribuídas pelo território nacional, conclui a UFMT.

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