Até novembro de 2017, o setor industrial de Mato Grosso acumulou crescimento de 4,5%, com alta probabilidade de ter encerrado o ano com expansão sobre 2016. No 11º mês do ano, a evolução em relação ao mesmo período do ano anterior chegou a 3,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, Mato Grosso se destacou entre os maiores avanços na produção industrial. Entre 15 locais pesquisados pelo IBGE, Mato Grosso obteve o 4º maior crescimento (4,5%), enquanto as primeiras colocações ficaram com Pará (10,5%), Paraná (4,8%) e Goiás (4,6%). Além disso, o crescimento local e desses estados se manteve acima da média nacional, de 2,3%.
Alguns setores da indústria se despontaram com crescimento acima da média estadual. A maior evolução foi registrada no setor de fabricação de produtos de minerais não-metálicos, cuja produção cresceu 24,1%. Outros destaques foram a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (11%). Além destas, as indústrias de fabricação de produtos alimentícios tiveram alta de 4,8%.
Mas nem todos os setores acumularam alta. O setor de fabricação de bebidas registrou baixa de 4,2%, assim como as indústrias de outros produtos químicos (- 5,2%) e fabricação de produtos de madeira (-2,8%).
Para o economista Edisantos Amorim, o aumento na produção industrial é sinal de retomada e deve se manter em 2018. “O aumento na produção industrial ocorre depois de 2 anos de queda e é sinal de recuperação, motivada por duas variáveis: a Selic, que vem em trajetória de queda desde o começo do ano e o controle da inflação. Isso torna o dinheiro mais barato, dando capacidade de investimento. A indústria é o setor que mais emprega e a recuperação é sinal de aumento no número de empregos”.