Um primeiro exame realizado nos restos mortais do juiz Leopoldino Marques do Amaral não obteve sucesso, ou seja, não foi possível obter um resultado exato. A perita da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, Alessandra Paiva, que está acompanhando os trabalhos pelo Instituto de Justiça de Pesquisa de DNA, em Brasília, disse que outro teste será feito.
Ela explicou que o exame realizado foi no núcleo da célula, e agora será feito o de mitocôndrias. O resultado negativo do exame pode ser decorrente das condições de solo e climáticas, no local em que o corpo estava sepultado. Um dos fatores que interferiu pode ser o intenso calor no Estado.
A exumação dos restos mortais do juiz Leopoldino foi feita no dia 14 de fevereiro, após declarações da ex-escrevente Beatriz Árias, de que o juiz estaria vivo. Ela é a principal acusada de envolvimento na morte do magistrado e alega que ele estaria residindo na Argentina, com outro nome.
Uma análise preliminar feita pelos peritos no dia da exumação indicou que o corpo enterrado era de Leopoldino, já que o caixão não apresentava indícios de violação e o crânio apresenta a mesma perfuração. O corpo também não possuía o fêmur da perna esquerda, que foi utilizado na época do assassinato para realizar um exame de DNA.
O corpo que seria de Leopoldino foi encontrado em setembro de 1999, no Paraguai, com dois tiros na cabeça, e parcialmente carbonizado, mas foi reconhecido pela família.