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Primata descoberto no Nortão está entre os mais ameaçados do mundo, aponta publicação

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

O zogue-zogue do Mato Grosso (Plecturocebus grovesi), descoberto em 2014, na região Norte de Mato Grosso, está na lista dos 25 primatas mais ameaçados de extinção no mundo. O dado consta em um estudo divulgado pela organização Re:wild, no final de agosto. Além dele, outras quatro espécies brasileiras aparecem na lista: bugio-ruivo, sagui-da-serra e caiarara.

Conforme divulgado pelo portal G1, a edição atualizada, do biênio 2022-2023, é feita em conjunto com o Primate Specialist Group (PSG), da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), e a Sociedade Internacional de Primatologia (IPS). O estudo cita que entre as principais ameaças estão a perda de habitat (resultado do desmatamento), fragmentação de florestas, caça e a febre amarela, que nos últimos anos voltou a ter um papel significativo neste contexto. Na atualização, duas espécies brasileiras listadas no documento de 2018/2020 saíram do ranking: sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) e sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita).

A descoberta do Plecturocebus grovesi foi anunciada, em 2019, por um grupo de pesquisadores, composto também por dois docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O animal foi encontrado em 2014 e, após muitos estudos analisando a morfologia, características físicas, e estudos genéticos, saiu a conclusão de que se tratava de uma nova espécie.

O animal foi batizado em homenagem ao professor britânico Colin Groves, considerado uma das maiores autoridades mundiais em taxonomia de primatas, falecido em 2017, e faz parte de um grupo de macacos conhecidos popularmente como sauás ou zogue-zogues. A espécie pode ser encontrada na região do Pantanal, ao Norte de Mato Grosso e em toda a região Amazônica. Com um tamanho próximo ao de um macaco-prego, porém mais peludo e com cores mais vistosas, costuma se alimentar de frutos e insetos e são conhecidos por serem barulhentos.

Em 2014 a expedição à Alta Floresta foi feita para coleta de mamíferos, coordenada pelo professor Rogério Rossi, por meio do projeto “Marsupiais e pequenos roedores da Amazônia meridional: Uma reavaliação da diversidade taxonômica e genética do grupo em uma área integrante do arco de desmatamento no Brasil”, financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

A equipe de pesquisadores que fez parte da descoberta envolveu, além do professor Rogério Rossi, o professor Gustavo Canale, do câmpus de Sinop, e pesquisadores das Universidades Federais do Amazonas (UFAM), do Pará (UFPA), de Viçosa (UFV) e de Goiás (UFG); do Museu Paraense “Emílio Goeldi”; da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat); do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, além da Universidade de Salford, Institute for Society and Genetics, Global Wildlife Conservation, vinculado à University of California (UCLA) e e Stony Brook University.

O Brasil é o país com o maior número de primatas conhecidos. Segundo o site oficial da Sociedade Brasileira de Primatologia, são mais de 140 espécies distribuídas pelo território nacional.

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